O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a busca e apreensão nos endereços de sete pessoas que, segundo a corte, teriam utilizado as redes sociais para promover ataques aos ministros do STF. Na decisão, ele exigiu ainda o bloqueio das redes sociais e do WhatsApp dos investigados.
O despacho é um desdobramento de uma investigação da Suprema Corte que começou em março e foi motivada por supostas práticas de injúria e difamação direcionadas ao STF. “Foi verificada a postagem reiterada em redes sociais de mensagens contendo graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdos de ódio e de subversão da ordem”.
Bloqueio das redes sociais
No documento, o ministro determinou ainda que a Polícia Federal apreendesse celulares, tablets e computadores. Em seguida, ordenou o bloqueio das redes sociais dos acusados. “Determino, ainda, o bloqueio de contas em redes sociais, tais como Facebook, WhatsApp, Twitter e Instagram, desses mesmos investigados”, diz o texto.
Um dos alvos do despacho de Moraes foi o candidato derrotado ao governo do Distrito Federal na eleição do ano passado pelo PSL, o general da reserva Paulo Chagas. “Em pelo menos uma ocasião, o investigado defendeu a criação de um tribunal de exceção para julgamento dos ministros do STF ou mesmo substituí-los”.
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Pouco depois, Chagas chegou a ironizar o despacho de busca e apreensão autorizada pelo Ministro Moraes em uma rede social. “Caros amigos, acabo de ser honrado com a visita da Polícia Federal em minha residência, com mandado de busca e apreensão expedido por ninguém menos do que ministro Alexandre de Moraes. Quanta honra! Lamentei estar fora de Brasília e não poder recebê-lo pessoalmente”, escreveu Paulo Chagas.