O smartphone já está incorporado ao nosso modo de viver. Sem ele ninguém pega estrada, não faz compra sem comparar preços, não marca um encontro, não tira fotos e sequer fica por dentro daquilo que está acontecendo no mundo. Agora, os smartphones além dessas e de muitas outras utilidades também está gradativamente substituindo os meios de pagamentos tradicionais.
Já vimos a Apple lançar a funcionalidade que permite que o iPhone seja capaz de receber pagamentos por aproximação através da tecnologia NFC, o que transforma o smartphone em um “terminal de pagamento” para lojistas, por exemplo.
Tudo reflexo de um cenário onde a forma como o dinheiro circula mudou. Ou seja, cada vez mais vemos o volume de circulação do dinheiro “em espécie” caindo. Dados do Banco Central apontam que somente entre os meses de janeiro a outubro de 2021, a redução foi de R$ 40 bilhões.
Evidente que grande parte desta mudança é fruto do avanço da tecnologia, produtos e serviços financeiros digitais como o PIX e também das carteiras digitais, que acabaram caindo no gosto do consumidor que busca agilidade e conveniência na hora de realizar pagamentos.
Outro dado importante é o crescimento das transações por aproximação (NFC). Segundo a Abecs, o volume de transações por aproximação cresceu 384% em 2021, o que significa que uma em cada quatro transações presenciais ocorrem por meio da aproximação.
Smartphone e o fim das maquininhas de cartão
Diante de tantas transformações é possível imaginar o fim das maquininhas de cartão? Para Wilton Brito, executivo do Grupo Gertec, a realidade é que o mercado de meios de pagamento vem evoluindo para adicionar e não substituir.
“Entendo que é uma direção que indica um formato muito mais de inclusão e complementariedade das tecnologias e formas de pagamento do que de substituição ou de obsolescência das tecnologias atuais”, avalia Brito.
Ou seja, caminhamos para um mundo de pagamentos com muito mais opções e soluções (como cashback) que ajudem consumidores e lojistas com melhores ofertas e melhores experiências.
Para consumidores o avanço da digitalização e novos formatos de pagamento estão em total sintonia com seus desejos e comportamentos de consumo. “O digital mostra o quanto as experiências completas são necessárias hoje”, comenta Fernanda Grumach, Líder de Experiência de Compras dos Clientes Amazon no Brasil.
Para Ana Bellino, Superintendente de Produtos, Marketing, UX e BI do banco Digio, estamos passando por grandes inovações tecnológicas e de transparência sobre meios de pagamento, e isso tudo é apenas o começo para a evolução de meios de pagamentos. “Já estamos e iremos observar ainda mais mudanças significativas em vários momentos dessa jornada”, pontua Ana.
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Se nesse cenário a meta é garantir que o consumidor se identifique com a marca, encontre o que precisa sem perder tempo e pague da forma que ele achar mais conveniente, os smartphones se tornam a principal plataforma para essa jornada.
O próprio mercado de “maquininhas” como conhecemos também vem evoluindo e se transformando por conta desse comportamento. Os terminais de pagamento Android, conhecidos como SmartPOS já se assemelham muito mais a um PDV (terminal de caixa) para varejistas, por sua capacidade de processamento e de recursos, do que dos tradicionais terminais POS (maquininhas de cartão) que fazem apenas o pagamento.
Sendo assim, é possível supor que todos aqueles equipamentos que o lojista possui atualmente no terminal de caixa (PDV), que na maioria das vezes inclui: computador, impressora, pinpad, leitores e outros periféricos, poderiam ser substituídos por um SmartPOS integrado com a automação comercial.
“Isto possibilitaria menor custo, mobilidade e melhor aproveitamento do espaço físico para o lojista, ou ainda, poderia funcionar em conjunto com o terminal de caixa (PDV) tradicional, expandindo a capacidade e qualidade de atendimento do estabelecimento comercial”, avalia Brito sobre a evolução do varejo.
Certamente a tecnologia vem sendo o grande agente de transformação nas relações de consumo e no comportamento do consumidor. E meios de pagamento são a ponte para essa relação se tornar real.
E sobre meios de pagamento e smartphones, trata-se de uma evolução em crescimento. Para a indústria de meios de pagamento fica o alerta para se adaptar e repensar o futuro das maquininhas de cartão.
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