Sim. Aqueles produtos que ficam parados no seu estoque e não saem nem nas liquidações, são oportunidade de negócio, rentável, no e-commerce. Fábio Bonfá, country manager da Privalia Brasil, outlet online de moda e lifestyle, apresentou seu modelo de negócio, baseado no estoque alheio.
A loja virtual nasceu na Espanha em 2006, chegou ao mercado brasileiro em 2010 e atualmente opera em quatro países. De acordo com Bonfá, a marca possui 80% de market share e trabalha com mais de três mil marcas em todo o mundo. ?O Brasil é o segundo mercado da Privalia, que vem experimentando crescimento de 41% nos últimos três anos?, afirmou o executivo. São cerca de 10 milhões de clientes ativos.
?Trabalhamos fortemente o multicanal e a inovação. Queremos oferecer outros meios de compra e estar onde o consumidor estiver?, comentou. De acordo com Bonfá, há três anos a empresa está investindo fortemente em mobile e já está colhendo os frutos do investimento. ?Investimos muito no aplicativo e hoje 65% do nosso tráfego no Brasil vêm de smartphones e 55% do total das vendas foram feitas pelo smartphone. Temos 2,5 milhões de usuários no País?, disse Bonfá.
Segundo o executivo, todo mundo sabe a importância do giro do estoque para o varejo. ?A sobra acontece em todas as cadeias produtivas, por melhores que sejam. E a Privalia nasceu para tratar o problema de estoque dos outros, esse é o nosso negócio?, afirmou. ?Todos ganham nesse negócio. Para nossos fornecedores é uma boa oportunidade de entrar no e-commerce, e esse é o futuro. Nosso negócio é a melhor forma de escoamento desses estoques parados, somos a maneira mais rentável de fazer o controle desse estoque sobrante?, explica.
Para Bonfá as lojas não podem viver de liquidações, porque a margem é muito reduzida. O outlet tem diferentes formas de atuar. Reservar os produtos em um estoque próprio para agilizar a entrega. ?Outro é a consignação, acho que é mais eficiente. Outras duas novas modalidades começamos no último ano. Temos produtos exclusivos criados para a Privalia e trabalhamos por produção, vamos vendendo, pedimos para a fábrica, que produz e nos entrega conforme demanda?, explicou.
O e-commerce recebe 300 mil visitas por dia no site e faz o envio de 3,5 milhões de envios de e-mail por dia.
Leia mais
Consumidor multitela: os hábitos mudam, mas o que importa permanece