Na contramão de diversos outros segmentos, as vendas do varejo farmacêutico cresceram 12,4% em setembro, considerando o acumulado do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O faturamento passou de R$ 33 bilhões em 2015 para R$ 37 bilhões neste ano.
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As informações, divulgadas pela IMS Health e apurados pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), mostram também que o número de doses comercializadas saiu de 104 bilhões para 109 bilhões, o que representa um crescimento de 4,9%.
De acordo com Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma, em relação aos demais setores, o farmacêutico consegue ser mais resistente às crises porque medicamentos são produtos de primeira necessidade. “Apesar do crescimento nominal elevado, é preciso descontar a inflação do período e considerar também o aumento de custos para chegar ao crescimento real do setor”, explica. A inflação, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o acumulado do ano é de 5,51%, sendo que a indústria também tem sido impactada pelo custo elevado da energia e dos tributos.
Britto afirma que o varejo representa cerca de 70% do mercado farmacêutico no Brasil, que hoje movimento em torno de R$ 65 bilhões por ano. “O restante do mercado é formado por clínicas, hospitais e universidades, sendo que as compras do governo respondem por mais da metade do chamado mercado institucional”, comenta.
Segundo o levantamento, no recorte dos 12 meses móveis encerrados em setembro (outubro do ano anterior a setembro) o índice é semelhante: 11,9%. O faturamento pelo varejo passou de R$ 44 bilhões para R$ 49 bilhões, enquanto a doses comercializadas avançaram de 137 bilhões para 144 bilhões.