No cenário dinâmico da tecnologia, a confiança digital global tornou-se um pilar fundamental para o desenvolvimento e a segurança das empresas. Líderes empresariais desempenham um papel importante ao adotar estratégias proativas que se adaptam às constantes mudanças na segurança cibernética. A colaboração com órgãos reguladores e a integração contínua de novas tecnologias de defesa são essenciais para superar os desafios futuros.
As empresas já enfrentam um ambiente desafiador em relação à segurança cibernética, evidenciado pelo crescente número de violações de alto valor e pelos custos associados. Segundo a pesquisa Global Digital Trust Insights 2024 da PwC, realizada com executivos de grandes empresas, melhorias significativas na segurança online ainda são necessárias. Um terço das organizações não possui planos estruturados de gestão de riscos para lidar especificamente com desafios na nuvem. Isso expõe não apenas dados e ativos, mas também prejudica a confiança dos consumidores.
Além disso, o estudo destaca que apenas metade das empresas se considera satisfeita com suas capacidades de segurança cibernética. Isso evidencia a diferença entre expectativas e a realidade na proteção de sistemas e informações, destacando a urgência de melhorias. Essa falta de conformidade com as práticas estabelecidas ressalta a importância crítica de reforçar as estratégias de segurança para enfrentar os desafios atuais do ambiente cibernético.
Investimento e resultados
Os líderes destacados pela pesquisa da PwC demonstram um comportamento distinto no que diz respeito aos investimentos em segurança cibernética, contribuindo diretamente para a confiança digital global. Esses 5% à frente do cenário empresarial investem consideravelmente mais em orçamentos cibernéticos, o que se traduz em benefícios notáveis para suas organizações. Esses investimentos estratégicos refletem não apenas a conscientização sobre a importância da segurança digital, mas também um comprometimento significativo em enfrentar as ameaças proativamente.
Um dos focos desses líderes está nos investimentos direcionados a tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial generativa (GenAI), voltada para a defesa cibernética, reconhecendo a importância de soluções inovadoras para reduzir riscos e fortalecer a segurança das organizações. Isso reforça a necessidade de liderança proativa e voltada para a inovação no universo da segurança cibernética. O resultado evidencia que estratégias avançadas de investimento e adoção tecnológica podem fazer a diferença na proteção dos dados e ativos empresariais diante de um ambiente de ameaças em constante evolução.
Complexidade da confiança digital global
O ano de 2024 promete mudanças intensas na segurança cibernética, desafiando as empresas a se adaptarem. A pesquisa da PwC destaca que os riscos digitais e tecnológicos estão cada vez mais ligados à confiança digital global e à segurança online. Isso mostra o quanto é complexo proteger não só os dados, mas também os sistemas e processos relacionados à transformação digital.
Essa crescente ligação aponta para a necessidade de uma nova forma de proteger o mundo digital. As empresas terão que integrar a segurança cibernética em tudo que fazem, agindo de forma preventiva e ágil contra possíveis ameaças. Isso não se limita só a investir em tecnologia, mas também a cultivar uma cultura empresarial que valorize a segurança desde o início de cada projeto e processo.
As violações estão se tornando mais caras
2024 | 2023 | |
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% de violações acima de US$1 mi | 36% | 27% |
Fonte: PwC, 2024 Global Digital Trust Insights.
Abordagem estratégica para a segurança cibernética
Simplificar as ferramentas de segurança
Lidar com muitas ferramentas de segurança pode complicar as coisas e prejudicar a eficácia. Por isso, muitas empresas estão priorizando a simplificação dessas ferramentas. Ter várias soluções pode tornar a gestão difícil e até criar brechas na segurança.
Modernização e otimização tecnológica
Os líderes estão focados em aproveitar ao máximo seus investimentos já feitos, modernizando e otimizando as tecnologias que usam atualmente. Isso mostra uma abordagem estratégica, garantindo que as ferramentas e sistemas de segurança atendam às necessidades presentes e futuras da empresa.
Desafios específicos na nuvem
A migração para a nuvem traz grandes preocupações de segurança. Empresas que usam várias plataformas enfrentam desafios maiores e precisam de estratégias específicas para proteger seus dados e sistemas em cada uma delas. A pesquisa destacou falhas nos planos de gestão de riscos na nuvem. Muitas organizações não atualizam esses planos para lidar com áreas críticas, como riscos regulatórios e segurança de terceiros.
Quase metade dos entrevistados considera a segurança na nuvem como a principal preocupação de risco cibernético. Cerca de 42% usam mais de uma nuvem, sendo que 54% desses se preocupam com a segurança na nuvem híbrida. No entanto, 97% das organizações têm lacunas em seus planos de gestão de riscos na nuvem, deixando questões importantes sem cobertura. É essencial que os líderes trabalhem com provedores de segurança na nuvem para fortalecer defesas e proteger sistemas e ativos fundamentais.
Potencial da IA Generativa (GenAI)
A tendência aponta para um aumento significativo no uso de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) para fortalecer as estratégias defensivas e, consequentemente, impulsionar a confiança digital global. Essa tecnologia emergente é vista como uma solução promissora para lidar com a complexidade e a evolução constante das ameaças cibernéticas.
A GenAI está sendo explorada em várias frentes na segurança cibernética, incluindo detecção avançada de ameaças e na geração de relatórios de riscos. Sua capacidade de análise preditiva e adaptativa mostra um potencial considerável para elevar a eficácia da defesa e fornecer insights mais profundos sobre os riscos.
Impacto das regulamentações
As opiniões divergem sobre como as regulamentações afetam a confiança das empresas na era digital, especialmente quando se fala em unificar leis sobre cibersegurança e proteção de dados. Enquanto alguns veem isso como uma forma de fortalecer a confiança e a segurança digital, outros encaram como um desafio extra para as operações.
Desafios e recomendações para líderes executivos
O Manual atualizado para líderes executivos surge como uma resposta direta aos desafios identificados pela pesquisa sobre segurança cibernética. Direcionado a CEOs, CFOs e CISOs, este guia oferece orientações estratégicas para lidar com as complexidades que as organizações enfrentam.
Principais pontos
- Análise de riscos e ameaças emergentes: detalha as novas ameaças no cenário cibernético para auxiliar os líderes a entender melhor as estratégias dos atacantes, oferecendo insights para se adaptar e se defender.
- Estratégias inovadoras de segurança: recomendações ousadas para aprimorar a segurança cibernética, incluindo atualização de infraestrutura e adoção de novas tecnologias.
- Colaboração com reguladores: orientações para estabelecer uma colaboração eficaz com reguladores, garantindo conformidade com leis cibernéticas e de proteção de dados.
- Visão futurista e adaptação: incentiva uma mentalidade de adaptação contínua, antecipando mudanças no cenário de segurança cibernética e investindo em novas tecnologias e estratégias de segurança.
Perspectivas futuras
O futuro das empresas depende da confiança digital global que elas inspiram em seus clientes, parceiros e no mercado. Os avanços na segurança cibernética, as estratégias de adaptação e a colaboração eficaz com reguladores são peças essenciais para sustentar e fortalecer essa confiança.
As organizações que conseguirem navegar com sucesso nesse ambiente desafiador estarão mais bem preparadas para prosperar em um cenário empresarial cada vez mais digitalizado e interconectado.
Metodologia
A pesquisa Global Digital Trust Insights 2024 entrevistou 3.876 executivos de negócios, tecnologia e segurança, incluindo CEOs, CFOs, CISOs e outros líderes corporativos entre maio e julho de 2023. Cerca de 40% eram de grandes empresas com receitas acima de US$ 5 bilhões, e 30% delas ultrapassavam os US$ 10 bilhões em receita. Os entrevistados representavam diversos setores e estavam espalhados por 71 países, principalmente na Europa Ocidental (32%) e América do Norte (28%).