A Samsung acabou de completar três décadas de atuação no Brasil. E os números da empresa por aqui chamam a atenção – em smartphones, por exemplo, a empresa é a líder do mercado com 50% de participação. Isso coloca a subsidiária como terceiro maior mercado da marca. Televisores e computadores também são destaques no balanço da companhia.
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Mas algo chama a atenção: ao mesmo tempo em que o Brasil se mostra um dos maiores mercados consumidores da Samsung, a inovação local ainda patinava. Isso, no entanto, é algo que está mudando por aqui, segundo Gustavo Assunção, vice-presidente da divisão de consumer electronics da companhia.
“Acredito que já éramos um polo desenvolvedor de inovação, mas nos últimos três anos a matriz nos deu mais liberdade para criar”, afirma ele.
Prova disso foi o lançamento, em fevereiro, do primeiro centro de design da companhia no País. Mais: o único na América Latina. Sediado em São Paulo, o Samsung Design Latin America foi criado para a empresa compreender as demandas e necessidades da região. “Isso faz parte da confiança que a matriz nos dá para desenvolver novos modelos de negócio”, afirma Assunção.
Inovações made in Brazil
A prova que a Samsung precisava para dar mais abertura para a subsidiária brasileira era a estabilidade. Sabemos muito bem que estabilidade não é algo tão comum na nossa rotina. Diversos políticos já repetiram o mantra de que “no Brasil, até o passado é incerto”. Com os resultados em crescimento, no entanto, a Samsung percebeu que conseguiu se descolar dos momentos turbulentos.
E os novos projetos começaram a surgir. Entre eles, está o lançamento de um aplicativo exclusivo para a Copa do Mundo. Em parceria com o canal SporTV, a Samsung irá transmitir jogos em 4K, além de conteúdos exclusivos, como multicâmeras e transmissões on-demand.
O aplicativo será disponibilizado em 2018, ano de Copa do Mundo. Não foi por acaso, portanto, a escolha de Tite, técnico da seleção brasileira, como garoto propaganda oficial da empresa.
A própria subsidiária também espera que as inovações locais passem a ter mais importância nas prateleiras de outros mercados da Samsung. Desde coisas pequenas, como uma geladeira com mais compartimentos (do jeito que o brasileiro gosta, afirma Assunção) até mesmo aplicativos, que estão no foco da empresa. “Esse tipo de projeto, desenvolvido aqui no País, era algo impensável há alguns anos”, diz o executivo.