O varejo brasileiro é um dos setores que mais emprega no País. Ao lado do setor de serviços, representa mais de 50% do PIB nacional. O tamanho do setor se reflete nos salários dos executivos que não perdem em quase nada em relação aos demais países emergentes. É o que mostra levantamento global da consultoria Michael Page, empresa em recrutamento executivo de média e alta gerência.
O levantamento foi realizado no primeiro trimestre de 2016 e contou com a participação de cerca de 1100 executivos em 10 países.
A pesquisa avaliou posições ligadas às áreas de varejo e vendas e identificou que os salários praticados no mercado local estão entre os mais altos do mundo. Um diretor de e-commerce tem remuneração anual no Brasil, por exemplo, entre US$ 144 mil e US$ 216 mil, enquanto em países emergentes como México, Turquia e China o salário do mesmo profissional gira em torno de US$ 36 mil e US$ 146 mil.
Ainda de acordo com os dados do levantamento, um diretor nacional de varejo no País recebe, por ano, um salário entre US$ 126 mil e US$ 180 mil. Valores superiores aos que são praticados na China (US$ 107 mil e US$ 154 mil), México (US$ 63 mil e US$ 77 mil) e Turquia (US$ 76 mil e US$ 103 mil) para a mesma posição.
Outro exemplo interessante é o diretor de compras e visual merchandising. O executivo brasileiro (US$ 144 mil e US$ 198 mil) dessa posição tem a remuneração superior até mesmo de seus pares na Itália (US$ 89 mil e US$ 111 mil) e Espanha (US$ 78 mil e US$ 110 mil).
Para Fábio Cunha, gerente executivo da Michael Page, a consolidação do mercado consumidor brasileiro nos últimos anos impulsionou o desenvolvimento do setor de varejo e vendas no País. “Apesar do atual momento econômico, o varejo foi um dos pilares do desenvolvimento nacional na última década. A profissionalizações da gestão de empresas familiares do setor juntamente com a chegada de grandes players internacionais impulsionaram o aumento expressivo da remuneração desses profissionais”, afirmou, em nota.