Em dez anos, a situação das mulheres na sociedade brasileira melhorou, entretanto as desigualdades em relação aos homens permanecem significativas. Pelo menos é o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais 2015 publicada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE.
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Apesar de a jornada semanal dedicada aos afazeres domésticos pelas mulheres ter reduzido de 22,3 horas para 21,2 horas semanais, elas acumulam 5 horas semanais a mais na jornada total de trabalho em relação aos homens. Essa situação ocorre porque a jornada no mercado de trabalho das mulheres se manteve em 35,5 horas semanais, enquanto essa jornada para os homens passou de 44 para 41,6 horas semanais, sendo que eles mantiveram 10 horas semanais dedicadas aos afazeres domésticos (menos da metade da feminina).
Em relação ao rendimento, o estudo revela que houve diminuição da desigualdade de gênero na década. Em 2004, as mulheres ocupadas recebiam, em média, 70% do rendimento dos homens. Em 2014, essa relação passou para 74%. A maior diferença foi evidenciada entre mulheres em trabalhos informais, que recebiam em média 50% do rendimento daquelas em trabalhos formais. Entre os homens na mesma condição, a relação era de quase 60,0%.
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O rendimento médio real da população ocupada teve um aumento de 44,1% entre 2004 e 2014, passando de R$ 1.197 para R$ 1.725. O aumento foi mais acentuado para a população em trabalhos informais (51,7%), principalmente no caso das mulheres (56,6%). A menor variação foi evidenciada para a população masculina em trabalhos formais (26,1%).
Em 2004, as mulheres ocupadas recebiam em média 70% do rendimento médio dos homens e, em 2014, essa relação passou para 74%. Em trabalhos formais, a desigualdade era menor (77%). A maior desigualdade de rendimentos foi evidenciada entre mulheres em trabalhos informais, que recebiam em média 50% do rendimento daquelas em trabalhos formais. Entre os homens na mesma condição, o percentual era quase 60,0%.
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