O futuro do trabalho é pauta para eternos debates. Pessimistas e otimistas se dividem: há quem acredite que a ampliação da robotização e da inteligência artificial vai possibilitar que haja mais tempo para o trabalho emocional – que só cabe ao humano. Outros creem que não haverá ocupação para os indivíduos, gerando um cenário econômico duvidável.
Naturalmente, a discussão realizada no SXSW sobre o assunto passou por esses aspectos e separou as opiniões dos participantes. Mehdi Merai, especialista em Inteligência Artificial (IA) e CEO da Dataperformers era um dos otimistas entre os painelistas. Para ele, a IA vai apenas fazer com que o processo de transmissão de informações e obtenção de insights fique mais simples.
Giles Palmer, fundador e CEO da Brandwatch, contudo, é um pessimista. Ao contrário de comemorar o avanço da IA, ele aponta que, em dez anos, o que se faz na China será automatizado por menos dinheiro. “O que a população vai fazer?”, questiona.
Greg Milliken, vice-presidente de marking do M-Files Corporation responde: farão – e todos faremos, se essa mudança acontecer, trabalhos mais intelectuais. “Podemos nos livrar de coisas menos importantes e ocupar nosso tempo em questões mais estratégicas, com algo que gostamos de fazer”, diz. Nesse sentido, comenta-se que a tecnologia tem melhorado a humanidade, tornando tudo mais fácil. E Merai concorda: “Essa é a principal questão que precisamos lembrar”.