Sim, nós podemos
- Por Roberto Meir
- 6 min leitura
O Brasil é um país gigante, de uma natureza incrível e de um povo trabalhador. Paulistano e orgulhoso da cor verde-amarela, sempre me questionei o porquê de um País com tantas qualidades e riquezas não ter o seu lugar no rol das maiores civilizações do planeta.
Ao longo dos anos, como leitor voraz de tudo o que acontece no mundo, aprendi que um dos pontos é o complexo de vira-lata – magnificamente registrado por Nelson Rodrigues como a inferioridade voluntária em que o brasileiro se coloca perante o resto do mundo. Esse complexo foi rompido pela primeira vez em 1958, na Suécia, quando a seleção levantou a inédita taça da Copa do Mundo. À época, diversos tabus foram quebrados.
A pátria de chuteiras passou a representar o Brasil que deu certo, o Brasil que pode ser reconhecido no Olimpo das Nações como o melhor do mundo em alguma coisa. E, durante muito tempo, a camisa amarela foi o símbolo maior do protagonismo nacional. Mas deixou de ser e deu lugar aos serviços, aos clientes, às pessoas.
Quando demos início ao conceito do Consumidor Moderno, logo após o Plano Real, fomos pioneiros em detectar o surgimento de um novo consumidor brasileiro. Pudemos comprovar que o grande diferencial das empresas brasileiras de sucesso se encontrava na excelência dos cuidados e serviços fornecidos aos seus clientes e consumidores. Ao buscar as grandes referências de serviços no mundo, deparamo-nos com empresas brasileiras realmente feitas para vencer e para durar, entre elas o Boticário, a Natura, a Serasa e o Fleury. Todas foram relatadas no meu primeiro livro O Brasil que Encanta o Cliente, escrito 20 anos atrás, e hoje são referência global.
O CONAREC é o maior evento de Customer Experience do mundo. Na edição deste ano, tivemos o recorde de 12 mil participantes, mais de 400 palestrantes e 140 CEOs. São marcas que comprovam o ineditismo e a magnitude do evento
Roberto Meir, publisher
A pátria das chuteiras tornou-se a pátria dos serviços. A capacidade brasileira de gerar conexões e relacionamentos não tem igual, bem como a nossa facilidade de criar amizades duradouras, graças ao calor humano e à cordialidade de nossa gente.
Tudo isso pode ser traduzido na essência de um congresso como o CONAREC 2024. Um evento que começou pequeno em 2003, fruto de uma ideia baseada em tudo o que tínhamos visto fora do Brasil, com o propósito de reunir especialistas e executivos para discutir sobre as melhores práticas que conduzem ao melhor serviço ao cliente.
Hoje, 21 anos depois, o CONAREC é o maior evento de Customer Experience do mundo.
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Na edição deste ano, tivemos o recorde de 12 mil participantes, mais de 400 palestrantes e 140 CEOs. São marcas que comprovam o ineditismo e a magnitude de um evento como o CONAREC. Mas, o maior destaque foi registrar a alegria estampada no rosto de cada congressista, sua vibração contagiante e a apoteose final que parecem eternizar cada momento como único, mágico, inesquecível.
Temos uma comunidade altamente engajada, que deseja fazer o melhor para os consumidores. Isso é cidadania. Há uma legião de brasileiros, que encontram abrigo e acolhimento ao trabalhar no relacionamento com o cliente, utilizando avançadas tecnologias e se desenvolvendo profissionalmente. Do primeiro emprego à Geração Prateada, todas as gerações são muito bem-vindas no ecossistema de CX. Não há discriminação. Não existe atividade mais inclusiva do que atender consumidores e interagir com eles.
O Brasil é de todos. Essa dádiva comprova que podemos performar no cenário mundial como a grande pátria dos serviços. Posso afirmar, categoricamente, que quem faz CX no Brasil o faz em qualquer lugar do mundo. E acrescento mais: todas as empresas que têm representação no Brasil deveriam contagiar o resto do mundo com o modelo brasileiro de servir e atender consumidores.
Mesmo com a Inteligência Artificial e todas as demais tecnologias, o Brasil representa o toque de humanidade necessário para fornecer a melhor experiência do cliente. Seremos responsáveis por reinventar a IA com um jeito mais humano de ser.
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