Para os gestores que confiam exclusivamente nas funções, nas curvas e nos teoremas com seus indicadores de performance e projeções de resultados, que tal considerar as redes de relações, de intrigas e de interesses na intrincada cadeia das interdependências do comportamento humano, que se sobrepõem a todas as lógicas das teorias computacionais?

   Para os que têm a certeza de tudo, que tal entender a complexidade da aleatoriedade, dos riscos e das adversidades de cada uma das suas ações, tratando-as como inúmeras possibilidades de algo acontecer ou não, se desdobrar ou não, mudar de rota ou não, para além da capacidade preditiva da ciência em resolver questões complexas e interligadas?

   Para os que acreditam na inovação e utilizam as mesmas fórmulas mágicas, métodos milagrosos e consultores de sempre para resolver toda a sorte de desafios, que tal analisar que tudo depende de expectativas e intenções incontroláveis e mutáveis de acordo com o contexto, o momento, as pessoas envolvidas e as relações de troca em jogo?

   Para os que querem crescimento a qualquer preço, sem tanta ética nem respeito, que tal imaginar que para cada ação tem sempre uma reação em relacionamentos, integrações, coexistências, reciprocidade, responsabilidade, sistemas – todos complexos – que voltam para o seu negócio e para você também?