A S&P Global Ratings acaba de elevar a classificação de risco da AlmavivA. A agência, responsável pela publicação de análises de classificação de risco de empresas, países e assets, elevou o rating da empresa italiana de serviços de TI de BB- para BB. Motivações não faltam: o fortalecimento das métricas de crédito, melhorias no free operating cash flow (FOCF) e políticas financeiras bem construídas elevaram a avaliação da agência.
Ainda segundo a S&P Global Ratings, a AlmavivA assegurou um backlog de €2,5 bilhões, valor equivalente a três vezes o faturamento gerado pelos serviços de TI e divisões da companhia nos 12 meses contados até setembro de 2023. O resultado oferece, assim, uma perspectiva sobre o faturamento para os próximos anos, que deverá ser algo entre 5% e 11% entre 2024 e 2025. Segundo índice de classificações da S&P, BB avalia a empresa como menos vulnerável no curto prazo, com algumas incertezas relativas às condições de negócios, financeiras e econômicas adversas.
A agência aponta que a performance resiliente da AlmavivA em 2023 foi uma das bases para a nova avaliação. A empresa registrou cerca de 8% de crescimento de receita ao longo do ano, aumento guiado pela expansão de todos os seus segmentos de negócios. No caso da unidade de serviços de TI, a AlmavivA assinou cerca de €658 milhões em novos contratos em 2023, sendo que 74% se referem a acordos com a administração pública.
Expectativas para o futuro
A S&P ainda espera que o free operating cash flow para dívida terá um avanço de 30% em 2023, com uma sustentabilidade acima de 15% nos períodos subsequentes. Segundo a agência, esse avanço terá como base o crescimento do topline, expansão da margem ajustada de EBITDA (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), maior geração de fluxo de caixa, e investimentos prudentes.
Assim, espera-se que a avaliação S&P Global Ratings da AlmavivA sobre a margem ajustada de EBITDA tenha uma melhora entre 15% e 16% em 2024 e 2025. Como comparação, em 2023, esse avanço foi de 14,5%. O resultado é favorecido pelo mix de negócios, gerenciamento eficiente de custos, e ao declínio da contribuição da unidade de negócio da Europa de CRM (customer relationship management) – que será descontinuada em 2024.
Outros pontos a favor da AlmavivA estão na melhoria da geração de fluxo de caixa, que resultou em uma desalavancagem de 1.8x em 2023 – em 2022, esse valor foi de 2.7x. Para 2024, a expectativa é que a dívida para EBITDA seja reduzida para 1.4x. “Acreditamos que a AlmavivA continuará investindo o fluxo de caixa gerado internamente de volta para o negócio e distribuindo dividendos anuais modestos”, afirma a agência em comunicado.
Principais insights da nova classificação
- Crescimento orgânico da receita entre 9% e 11%, impulsionado pelo avanço dos serviços de TI e geração saudável de FOCF;
- Backlog de €2.5 bilhões;
- Novos contratos no valor de €658 milhões em 2023, sendo que 74% são referentes a acordos com a administração pública;
- Crescimento de 8% de receita em 2023, impulsionado por todas as unidades de negócio, e expectativa de crescimento orgânico de receita entre 5% e 11% entre 2024 e 2025;
- Expectativa de que que o FOCF para dívida melhore para acima de 30% em 2023 e se mantenha acima de 15% posteriormente;
- Dívida ajustada para EBITDA da S&P Global Ratings foi reduzida para 1.8x em 2023, de 2.7x em 2022, com uma redução adicional esperada para 1.4x em 2024;
- Receita estimada de €1.15 bilhão em 2023;
- Expectativa de geração de FOCF aumentada para cerca de €95 milhões no mesmo ano.
Conheça a S&P Global
A Stardard and Poor’s, ou S&P, é uma agência global de classificação de risco (rating), responsável por avaliar empresas, países, ativos e assets em todo o mundo. Por meio de uma classificação proprietária, analisa diferentes critérios para entender os riscos de investimentos, gestão e desempenho dos diferentes players nos cenários nos quais se encontram.
Fundada em 1860, a empresa originária, a Standard Statistics Co fez uma fusão com a Poor’s Publishing em 1941. Já em 1966, a empresa McGraw Hill Cos comprou a agência e passou a utilizar a marca S&P Global – como é conhecida hoje.
Em 1957, a empresa criou o S&P 500, um dos principais índices de mercado de ações do mundo e que analisa o desempenho das ações das principais empresas de capital aberto presentes na Nasdaq e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Dessa forma, o mercado e investidores têm acesso a uma perspectiva sobre o desempenho das ações do mercado dos Estados Unidos.