A Rappi, aplicativo de entrega, anunciou a isenção total de tarifas para restaurantes na plataforma. De acordo com a empresa, o anúncio faz parte de um plano de expansão bilionário, estimado no total em R$ 1,4 bilhão nos próximos três anos, sendo 40% desse valor apenas para a vertical de restaurantes. A estimativa é de que a isenção de taxas esteja totalmente implementada até o dia 31 de julho. Além disso, 28% do investimento total será direcionado ao Rappi Turbo, serviço de entregas ultrarrápidas.
A isenção de tarifas vem acompanhada de uma contrapartida que possibilita que os restaurantes ofereçam no app uma versão mais barata da comida. Embora o Rappi seja conhecido por atuar em diversos segmentos, como petshops, decoração, roupas e livros, a vertical de restaurantes representa atualmente 20% do volume total do negócio. De acordo com a empresa, ela é a principal porta de entrada para o app, correspondendo a 80% dos novos usuários que chegam organicamente com foco nessa categoria.
Segundo a empresa, o mercado de alimentação por delivery ainda tem um potencial muito maior do que o explorado hoje pelos aplicativos. Nesse contexto, o Rappi quer acelerar a digitalização dos atendimentos, aumentar o tráfego e gerar mais confiança e conveniência para o consumidor.
“Não se trata apenas de isentar uma tarifa, mas de repensar o modelo de forma transparente. Queremos ser protagonistas na construção de um delivery mais transparente e eficiente para todos os envolvidos nesse ecossistema”, afirma Felipe Criniti, CEO do Rappi no Brasil.
A disputa território dos app
A disputa pelo território no mercado de delivery se intensifica. O anúncio ocorre após a volta do aplicativo de delivery de comida 99Food, anunciada em abril deste ano. O app vai oferecer o serviço sem taxas ou comissões para os restaurantes por um período de dois anos e anunciou um investimento de R$ 1 bilhão no país ao longo dos próximos anos. “Restaurantes não precisam mais ceder um terço do que ganham só para cobrir custos”, afirma Bruno Rossini, diretor sênior da 99. “Isso é uma revolução. Estamos devolvendo o controle do mercado para quem cozinha e quem entrega”, completou.