A inadimplência está em alta, o consumidor está menos disposto a gastar, o crédito anda escasso e as projeções de inflação não são das melhores. E daí??? Se existe um setor que está dando uma banana para o pessimismo do mercado é o de e-commerce. Ao menos é o que mostra pesquisa do Ibope Conecta, com o Mercado Livre.
O levantamento, feito com 520 empreendedores digitais, mostra que 87% acreditam no crescimento dos seus negócios neste ano e preveem aumento de vendas, sendo que 68% deles acreditam em um crescimento das suas páginas de 25%.
A pesquisa também mostrou que 85% apostam no crescimento do setor de e-commerce de maneira geral. Deste total, cerca de 33% acredita em um crescimento de mais de 25%; e 66% em um crescimento de até 20%.
O otimismo não é à toa. Enquanto o varejo cresceu 2,2% em 2014, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), registrando o pior resultado desde 2003, o e-commerce mantém os dois dígitos de desempenho, com alta de 24%, de acordo com dados da E-bit.
O ano dos entrevistados de fato foi bom: para 34% deles, o crescimento em 2014 foi de 30% a até 80%. Outros 39% afirmaram que cresceram de 11% a 30%; 17% cresceram até 10%. Um décimo disse que mais que dobrou seus resultados no último ano.
?Apesar de 2015 ser apontado por analistas como um ano de recessão e calmaria no mercado financeiro, encontramos nesta pesquisa empreendedores confiantes, voltados a gerar oportunidades de negócios que gerem crescimento?, destacou, em nota, Laure Castelnau, diretora executiva do Ibope Conecta.
O tamanho da operação dos entrevistados varia: 29% estão na faixa de R$ 250 mil a R$ 500 mil de faturamento anual; 19%, entre R$ 501 mil e R$ 1 milhão; e 12% acima de R$ 1 milhão.
Considerando as regiões, aquela com maior número de vendas hoje para os empreendedores digitais é a Sudeste, com 75%; seguida pela Nordeste 9%; Centro-Oeste 8%; Sul 6%; e Norte 2%.
Para 61% dos entrevistados que planejam ampliar suas vendas para outras regiões, a região Nordeste terá o maior crescimento em vendas em 2015; seguida da Sul (44%), Centro-Oeste (36%), Norte (29%) e Sudeste (22%).
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