o número de famílias que se dizem endividadas cresceu de 42,3% para 48,9% entre março e abril, segundo indicador divulgado hoje (15) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
Apesar da alta, segundo a Federação, o percentual é menor do que o de abril de 2014, quando 51,1% das famílias estavam endividadas.
O endividamento é alto, mesmo em um momento em que as famílias estão cautelosas ao fazer dívidas. E apesar da queda frente a abril do ano passado, a tendência é que o índice aumente, segundo a federação, por conta da falta de confiança do consumidor em relação ao emprego.
O aumento de preços é outro motivo que leva às famílias a recorrerem a empréstimos. O que tem acontecido é que, mesmo mais reservadas com relação ao orçamento, as famílias, ao tentar negociar as dívidas que têm, fazem novos empréstimos.
O cartão de crédito continua no primeiro lugar da lista dos vilões do endividamento em São Paulo, representando 65,3% do total das dívidas, seguido por financiamento de carro (19,2%), carnês (17,8%) e financiamento de casa (13,8%).
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) ainda mostra que o endividamento é maior entre as famílias de renda mais baixa, que ganham até dez salários mínimos. Nesse perfil, o porcentual de endividados chegou a 50,8% em abril, ante 43,8% em março e 55,9% em abril de 2014.
Já entre os que recebem acima desse valor, o endividamento passou de 38,2% em março para 43,5% em abril – em abril de 2014, o valor era de 37,3%.
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