A poupança ainda é o investimento mais comum no Brasil, utilizado por 75% dos consumidores. O índice é ainda mais expressivo entre os pertencentes às classes A e B, 82%. Os dados são de pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, que ouviu 662 pessoas das 27 capitais brasileiras para analisar como os brasileiros lidam com seus investimentos e reservas financeiras.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a alta porcentagem se deve mais à necessidade de segurança e ao desconhecimento de outras formas de investimento do que aos benefícios financeiros que a poupança proporciona. ?Os dados mostram que a maior parte dos entrevistados adota uma postura conservadora na hora de investir pelo fato de não gostarem de lidar com perdas” afirma Marcela.
Segundo a pesquisa, 27% dos brasileiros afirmaram procurar outras formas de investimento, mas a maioria não muda: 61% afirmam que nunca trocam os investimentos feitos (66% entre as mulheres e 67% entre os pertencentes às classes C, D e E). Quarenta e nove por cento dos entrevistados que têm poupança garantem realizar depósitos todos os meses, com média de R$ 809,00 para o último aporte, mas 28% não conseguiram guardar nada em 2014.
Sobre as razões para poupar, as justificativas mais citadas foram: guardar reservas para imprevistos como doenças ou morte (33%), compra da casa (31%), viagens (28% no geral e 36% na Classe A/B) e a realização de um sonho de consumo (23%). Depois da poupança, os investimentos mais usados são os investimentos em imóveis (21%), fundos de investimento (18%), dólar (11%) e CDB (9%).
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