Optar pelo Pix como forma de pagamento tem seus benefícios. Na hora de escolher o desconto oferecido pelas lojas, principalmente para quem paga à vista, seja no cartão de débito ou pela transferência, o Pix muitas vezes acaba compensando – varejistas oferecem preços mais atrativos quando não têm que pagar taxa de maquininha e de administração dos pagamentos da plataforma escolhida.
Um estudo realizado pela Pagar.me identificou que a forma de pagamento mais oferecida pelos vendedores no e-commerce durante a Black Friday vai ser o Pix – disponível em 88,3% das lojas. Pagar parcelado tem o benefício da divisão do valor mas, na maioria das vezes, tem acréscimo de juros, o que acaba desencorajando alguns clientes.
“É inegável a relevância que o Pix ganha ano após ano na Black Friday. Além do lojista ter o valor da compra em sua conta quase que instantaneamente, os empreendedores brasileiros têm lançado mão dessa ferramenta como uma oportunidade de criar promoções, mesmo em segmentos que contam com margens de lucro apertadas, nos quais ‘promocionar’ não é sempre uma opção viável”, explica Thiago Guerra, Diretor Comercial de MSMB do Pagar.me.
O levantamento mostrou que 62,2% dos entrevistados vão oferecer preços mais baixos para pedidos pagos via Pix. Mesmo assim, pagar instantaneamente não é a realidade possível para o bolso de muitos brasileiros.
“Vale lembrar que o parcelamento ainda é um forte aliado dos empreendedores na ocasião, também sendo uma opção de pagamento disponibilizada por 85,7% dos entrevistados”, pondera.
Afinal, esse acaba sendo o principal recurso dos consumidores que desejam fazer aquisições de alto valor, como os eletrodomésticos e eletroeletrônicos que têm tanto apelo na Black Friday. Para realizar essa pesquisa foram ouvidos 196 empreendedores de pequeno, médio e grande porte, de diversos nichos do comércio.
Segurança em primeiro lugar
Comprar online tem seus riscos, e na Black Friday isso piora. Muitos criminosos veem na data uma oportunidade de aplicar golpes em pessoas mais ingênuas e, por isso, é importante ficar atento aos preços muito baixos, ofertas boas demais e sites suspeitos. Se você for vítima de um golpe, seja no Pix ou no cartão, a Serasa explica o que fazer:
● Separe todos os registros de interação com os golpistas. A primeira mensagem enviada, a página de cadastro, prints de conversas em aplicativos de mensagens e qualquer outra informação relacionada.
● Acesse o site da delegacia de polícia do seu estado e faça um boletim de ocorrência, normalmente tipificado como estelionato ou outros crimes. Envie todos os registros colhidos.
● Atualize o antivírus do computador e faça varredura nos demais dispositivos conectados à internet para evitar que mais informações sejam roubadas.
● Denuncie os perfis falsos a todas as plataformas mediadoras utilizadas: WhatsApp, gerenciador de e-mails, Facebook, Instagram, Telegram etc.
● Fale sobre o golpe com a sua comunidade de amigos e familiares o quanto antes e monitore o uso do seu CPF para agir imediatamente caso seus dados sejam usados para contrair empréstimos ou outras dívidas em seu nome.
O que é a Black Friday?
Originada nos Estados Unidos, a Black Friday é a sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, quando é dada a largada para a temporada de festas, e os consumidores podem aproveitar diversas ofertas para começar as compras de Natal.
Também existe a Cyber Monday, a segunda-feira após a Black Friday, que oferece queima de estoques dos produtos que não foram vendidos anteriormente pelos e-commerces.
Na América do Norte as pessoas fazem filas fora das lojas para poder aproveitar os preços baixos. No Brasil, em alguns momentos a data chegou a ser apelidada de “Black Fraude”, pois muitas empresas aumentavam o valor dos produtos antes de aplicar o desconto.
Procons de todo o Brasil monitoram essa prática meses antes da Black Friday, para evitar que o consumidor seja enganado.