A confiança dos micro e pequenos empresários caiu em novamente. Em novembro, registrou 38,27 pontos – abaixo dos 38,72 pontos em outubro, segundo indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
O indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos – o que indica que persiste a sensação de pessimismo entre as MPEs, tanto em relação a situação presente como em relação ao futuro da economia do País.
“Nos últimos meses houve um agravamento das crises política e econômica, o que vem aprofundando a recessão, impactando diretamente os setores varejistas e de serviços”, afirmou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
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Segundo ele, a deterioração do ambiente de negócios no País está ligada à piora dos indicadores macroeconômicos, como juros, inflação e desemprego, e também à indefinição da situação política do país, que não tem avançado o suficiente na aprovação de medidas de ajuste propostas pelo governo.
O Indicador de Confiança é composto mensalmente pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Segundo o indicador das Condições Gerais, registrou 21,53 pontos na escala que varia de zero a 100.
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“Ao longo do ano, o impasse em torno do ajuste fiscal produziu uma forte apreciação do dólar, agravando a recessão com aumento do custo do capital e diminuindo o faturamento dos empresários que atuam nos setores de serviços e varejo”, diz o presidente da CNDL.
Quando analisada somente as Condições Gerais da Economia, o indicador marcou 16,50 pontos em novembro, ante os 17,30 pontos observados no mês de outubro. Ou seja, 86,75% dos micro e pequenos empresários consultados relataram ao SPC Brasil a percepção de que a economia piorou nos últimos meses.