O PayPal For All, primeiro evento aberto ao público no Brasil da PayPal, foi ralizado com o objetivo de democratizar a informação a cerca das últimas tendências do mercado. A redação da NOVAREJO acompanhou todas as quatro mesas de discussão para trazer os melhores insights para o setor varejista.
Com o tema “facilidade de compras para todo mundo” o primeiro bate-papo do evento aconteceu entre Fernando Boscolo, diretor geral da Privalia no Brasil, Marcelo Couto, CMO da Raizen/Shell e Thiago Chueiri, diretor de desenvolvimento de negócios do PayPal Brasil.
Entre os pontos abordados pelos executivos, o que mais chamou atenção no que tange o mercado varejista foi a questão do mobile first.
Quando se avalia os dados de comportamento e uso dos brasileiros da internet, principalmente em smartphones, fica evidente o potencial do m-commerce no país.
Para se ter ideia, o Brasil é o segundo país no mundo que mais usa internet. De acordo com uma pesquisa realizada pelo We Are Social, o brasileiro fica em média nove horas e vinte minutos por dia conectado – isso equivale a 145 dos 365 dias que temos no ano dentro da internet. Só perdemos para a Filipinas que tem uma média de dez horas.
Outro estudo feito pelo Pew Research Center mostra que 60% dos adultos no país têm um smartphone e essas pessoas, segundo a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), acumulam 230 milhões de aparelhos ativos.
Sim, temos mais celulares inteligentes em funcionamento do que a população no Brasil!
Tendo em vista tantos dados que comprovam a importância de desenvolver serviços eficientes para smartphones e a necessidade de investimento no setor para impulsionar vendas, os executivos não deixaram de discutir sobre o assunto.
O termo ‘mobile first’ surgiu pela primeira vez em 2010 quando o Google começou a desenvolver conteúdos exclusivamente para aparelhos móveis, sem antes pensar nos testes com desktops, como forma de melhorar a performance do produtos que chegariam às telas dos smartphones.
Tecnicamente falando, esse é um método onde o foco do desenvolvimentos de projetos web está direcionado aos dispositivos móveis.
“Quem não vivencia o mobile first, já perdeu a viagem no trem bala”, essas foram as primeiras palavras utilizadas pelo diretor de desenvolvimento de negócios do PayPal Brasil para descrever o movimento.
Para Chueiri é preciso entender que cada vez mais a interação prioritária do consumidor com a marca ou com o lojista vai ser através dos dispositivos móveis.
Isso inclui, inclusive, outros setores varejistas que não têm como desvincular a questão física do negócio. É o exemplo dos serviços oferecidos pelos postos de gasolina.
” No varejo de combustível, o mobile é chance que temos de se relacionar com os nossos clientes de uma forma completamente diferente do que jamais fizemos”, afirma Marcelo Couto, CMO da Raizen/Shell.
Segundo ele, 40% do tempo gasto nos postos é com o pagamento. Nesse sentido, pode-se usar as tecnologias vinculadas aos aparelhos para dar mais agilidade ao processo, tornando a vida do consumidor mais cômoda, como já é feito no aplicativo Shell Box .
A plataforma permite, por exemplo, que o cliente abasteça seu veículo sem ter que sair do carro ou colocar senhas de pagamento. “É a tecnologia transformando a experiência do consumidor”, complementa Couto.
Para o diretor da Privalia, é importante ter em mente que o mobile ou a tecnologia tem que vir a serviço da proposta de valor que a empresa quer entregar ao seu cliente. “Dependendo da empresa, o mobile pode ser uma ferramenta fabulosa, essencial e muitas vezes única, como é o caso da Privalia”, afirma Boscolo.
Ele ainda diz que 85% do tráfego de vendas do outlet online acontece via smartphone. “O mobile foi a forma que encontramos de ter a nossa loja, todos os dias, 24 horas nas mãos dos consumidores”, explica.
Muito além do mobile first, as conversas estão começando a se voltar para um novo modelo: o mobile only, onde a tendência é que as pessoas deixem de acessar a internet por outros aparelhos como desktops e tablets e passem a acessar somente por smartphones.
Esse é um caminho que merece a atenção de todos os setores que trabalham com vendas, já que segundo o The Global Mobile Report, o mobile only já é realidade de 29% dos usuários de internet no Brasil.
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