Las Vegas (EUA) – O comércio dentro do Facebook é uma realidade em todos os países do mundo. Na rede social, milhões de empreendedores comercializam os seus produtos e a empresa não ignorou essas transações. Durante o Money 20/20, maior evento do mundo de tecnologia e inovação em meios de pagamento, que acontece nesta semana em Las Vegas, Bill Ready, COO do PayPal, anunciou parceria com a rede social para permitir o pagamento dentro da rede social e também através do Messenger.
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“Isso é importante porque são canais onde sabemos que a coisa acontece”, afirmou. “Estamos falando de muito conteúdo e muitas conversas acontecendo nessas plataformas e é dessa forma que conseguimos caminhar através das plataformas. O comércio nesses canais é orgânico, é um ecossistema que precisa ser assistido”, disse. Por ora, a ferramenta está disponível para contas de usuários dos Estados Unidos. Além de se conectar com o PayPal dentro das plataformas sociais, os usuários poderão também enviar as notas fiscais por meio das ferramentas.
A opção veio com o crescimento não apenas do comércio dentro do Facebook, mas também do aumento das transações mobile do PayPal. Segundo a empresa, 30% dos pagamentos na plataforma são feitas via mobile. No mundo, o PayPal tem em torno de 192 milhões de usuários ativos e mais de 15 milhões de lojistas usam a plataforma para os seus negócios. A parceria abre um mercado de mais de 1,5 bilhões de usuários ativos no
Facebook por mês e em torno de 1 bilhão no Messenger.
Segundo Ready, a ideia é tornar mais fácil e derrubar ainda mais barreiras em transações na internet. Para ele, ao inserir uma ferramenta de pagamento dentro de uma rede social como o Facebook, cria-se outro nível de experiência para o consumidor. “É sobre uma experiência com contexto e sem fricção”, disse.
Carteiras digitais
Em conversa com Sucharita Mulpuru, CRS (Chief Retail Strategist) do Shoptalk, Ready falou sobre o crescimento das opções de carteiras digitais nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que não se vê a adoção crescendo na mesma velocidade. “A razão é que os consumidores adotam novas experiências muito devagar. Temos de pensar que as pessoas não usam o app do Starbucks por causa do app, mas porque o app resolve algum pain point dele”, afirmou.
Segundo ele, cada vez mais, o varejo presta atenção nas dores dos consumidores. “Se pensarmos, agora estamos vendo de forma mais massiva a compra na internet com entrega nas lojas físicas. E agora as lojas estão olhando para o mobile de forma a entregar algum valor para os consumidores”, afirmou.
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