Inovação é, por si só, uma ideia colaborativa. Há anos que as ideias disruptivas partem de um pretexto e a inovação ganha forma e cresce a partir de condições pré-existentes. Em outras palavras: para crescer, é preciso inovar. E para inovar, é preciso ter uma colaboração diversa, uma inovação aberta. Foi a partir desse pensamento que a Nestlé abriu o “ninho” e criou o Panela House, inaugurado na última terça-feira (2).
Uma breve explicação: o Panela House é nada mais nada menos que um espaço que a Nestlé disponibilizou, dentro de sua sede, em São Paulo, para receber startups, universidades e outros agentes. O espaço será destinado e equipado para que outras empresas possam criar soluções inovadoras no setor alimentício dentro da Nestlé.
“Nós queremos que todo mundo veja como a Nestlé está se transformando e que entendam que isso pode ser feito em conjunto com outras empresas. O legal é que temos 101 anos e nos mantemos vigentes com os nossos consumidores porque nós mantemos esse vínculo com o consumidor, essa é a nossa prioridade”, diz Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.
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Uma verdadeira “panela” de ideias dentro da Nestlé
Além de ceder o espaço com equipamento, internet e outros recursos, o Panela House também é um espaço para ficar de olho nas novas startups brasileiras. Inicialmente, o projeto tinha sido iniciado em 2016, como hub de inovação. Três anos atrás, a marca se se conectou com 1800 startups e já desenvolveu 150 pilotos e implementou 50 projetos em escala.
“A gente percebeu que, se a gente quiser continuar aqui por mais 100 anos, precisamos ouvir não só o consumidor, mas também as empresas de fora. Percebemos que era a hora da gente abrir o ninho e o Panela é a concretização dessa ideia”, explica Renate Giometti, head de Inovação e Novos Negócios na Nestlé Brasil.
Para o CEO da Nestlé Brasil, o objetivo de “abrir o ninho” da marca vem como uma forma de inovação diferente da criação de um produto novo ou de um serviço inédito, mas como uma forma de permanecer no mercado com relevância.
“Quando a gente pensa em inovação, logo vem na cabeça um carro voador, um robô, num foguete que vai à Marte. Mas tem uma parte muito importante da inovação ao qual chamamos de ‘renovação’. É como nós mantemos os nossos produtos relevantes ao longo do tempo. Isso é uma renovação e, agora, vai ser pensado com diversidade no Panela House”, pontua Melchior.
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Inovação aberta e soluções disruptivas
No lançamento do Panela House, a Nestlé disponibilizou uma feira para apresentar parte das startups inscritas no panela e que ofereciam uma série de inovações ao meio alimentício, com soluções para reciclagem, produção de alimentos mais saudáveis, instantâneos sem glúten ou aditivos, soluções para lavoura de café e muitas outras.
O objetivo do Panela House, como explica Carolina Seduvic, diretora de Transformação Digital da Nestlé Brasil, é auxiliar a evolução de um ecossistema alimentar do futuro e regenerativo. “Na Nestlé acreditamos que o futuro é colaborativo e que temos a oportunidade e a responsabilidade de gerar novos negócios de impacto positivo para o ecossistema alimentar. Assim, contamos com a parceria de multistakeholders para seguir evoluindo ideias transformadoras”.
A princípio, a Nestlé está de portas abertas para qualquer tipo de startup que traga soluções inovadoras no segmento de alimentação. Não há filtro de tamanho e nem investimento, basta se cadastrar no site oficial do Panela House.
Os stakeholders envolvidos terão acesso a serviços e espaços exclusivos do Panela, como as cozinhas de Receitas Nestlé, Nestlé Professional e o C-Lab, laboratório de pesquisas da marca.
“A gente não tem todas as respostas. De fato, a gente agora vai precisar fazer isso de forma colaborativa. Falamos de uma cadeia sistêmica, precisamos olhar para a cadeia alimentar com um viés de inovação de oportunidade para transformar esse setor. Isso é uma grande responsabilidade da Nestlé”, finaliza Renate.
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