Tente se lembrar quantas vezes, durante a semana, você utiliza o dinheiro impresso para comprar um produto ou contratar algum serviço. Provavelmente sua resposta foi um número muito inferior se comparado a quantidade de vezes que você recorre aos cartões de crédito/débito, ao pix e até mesmo aos QR Codes, não é mesmo? Os meios de pagamento digitais têm ocupado cada vez mais espaço entre os consumidores e as marcas e fomentado projetos em torno de novos formatos tecnológicos, como os recentes pagamentos por biometria.
De acordo com um estudo desenvolvido pela Juniper Research, a expectativa é que até 2027, cerca de US$1,2 trilhão sejam movimentados por meio de pagamentos online autenticados biometricamente, indicando que tal formato tende a cair no gosto da população mundial por conta da agilidade, praticidade e segurança na realização das transações.
Pagamento por biometria aumenta segurança e
reduz riscos de fraudes
Para Rafael Pires, especialista em Sistemas de Informação, com MBA em Gestão de Projetos pela BSP – Business School São Paulo, atuando há mais de 15 anos no mercado com tecnologia financeira, “a biometria é uma excelente ferramenta para segurança e prevenção à fraude, já que garante a autenticidade da transação, seja de cash in e de cash out, feitas pelo proprietário da conta, que é o dono definitivo dos dados”.
“Nesse sentido, quando o sistema de segurança inclui a biometria, são agregados traços físicos e biológicos, como a íris ou o formato do rosto, que criam padrões personalizados e dificultam a fraude”, complementa o expert em tecnologia financeira.
“O tipo de biometria que está sendo mais utilizada atualmente são as de reconhecimento facial, devido à sua precisão em mais de 95% dos casos, com opções de movimentos de cabeça e olhos, garantindo a autenticidade do usuário”, afirma Rafael Pires. Ainda com relação aos pagamentos por biometria, sabe-se que 90% dos brasileiros acreditam que este recurso tecnológico é uma solução viável para proteger seus bens, conforme indica a pesquisa Dentsu Data Labs (DDL), encomendada pela IDEMIA.
Individualidade e ausência de senha estão entre as principais razões para a popularização da biometria
Seguindo os resultados divulgados pelo relatório em questão, observa-se que 70% dos cidadãos do Brasil atribuem a individualidade como a vantagem mais relevante dos pagamentos biométricos, ao passo que 56% preferem o cartão com este tipo de tecnologia frente a 23%, que ainda opta pelo cartão regular. Para além, 82% dos brasileiros atestam que formatos de pagamento sem contato são melhores que os tradicionais e 1 a cada 2 entrevistados disseram que as plataformas que não exigem senha devem ser as mais aguardadas, por conta da dificuldade para lembrá-la.
Vale lembrar que a Dentsu Data Labs (DDL) também foi realizada em outros 13 países, que seguiram, por sua vez, comportamentos similares aos solos brasileiros, tendo em vista que 74% dos consumidores de todo o mundo foram simpatizantes a adesão da biometria nos processos de pagamento, enquanto que 92% preferiram a identificação por meio das digitais e 72% se mostraram interessados em realizar pagamentos sem contato direto.
40% dos entrevistados tem interesse
em investir em criptomoeda em 2023
Além da biometria, outros recursos digitais vêm sendo trabalhados ao redor do globo, como indica um estudo chamado Mastercard New Payments Index, que realizou entrevistas online com 15.569 consumidores em 18 países diferentes, a fim de compreender as inovações dos pagamentos digitais em 2021.
A criptomoeda, por exemplo, vem ganhando terreno nas compras diárias, já que 4 em cada 10 pessoas da América do Norte, América Latina e Caribe, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico afirmaram interesse neste meio em 2023.
Limpeza e conveniência configuram lista de benefícios atribuídos aos QR Codes como meios de pagamento
O QR Code também tem despontado como uma das grandes alternativas nos países em desenvolvimento, como os da América Latina, onde 76% dos habitantes disseram que este modelo é mais limpo que o dinheiro físico, ao passo que 71% atribuíram a conveniência como principal qualidade.
Em todos os casos, seja por meio da biometria, das criptomoedas ou dos QR Codes, a segurança e as formas de validação para acessar as contas são as principais preocupações quanto ao processo de viabilização dos pagamentos digitais.
Pagamento por biometria aumenta segurança
e reduz riscos de fraudes
“As empresas devem se preocupar em ter novos e diversos métodos de segurança para validação transacional. A principal preocupação que se deve ter é com a tecnologia utilizada, pois como sabemos, por melhor que seja, a tecnologia é sempre passível de falhas”, argumenta Rafael Pires, que acrescenta: “é necessário avaliar se aquela tecnologia já teve histórico de falhas – seja por meio de notícias ou em seu ecossistema – e se o seu provedor, além da instalação e suporte, também tem a expertise necessária para analisar a viabilidade de uma nova tecnologia de segurança de pagamentos, implantá-la e operá-la”.
“Por fim, é necessário realizar a avaliação do risco de fraude. O âmbito da fraude dentro de pagamentos é muitas vezes subestimado, visto apenas como um custo. Porém, dependendo do filtro que a área de fraude faz para ter novos clientes, a empresa deixa de ganhar mais dinheiro. Isso ocorre porque ela deixou de colocar um cliente bom, que tem possibilidade de ter crédito e pagar corretamente, pois a avaliação do seu score está sendo feita por uma métrica errada, não condizente com a atualidade. Para diminuir o risco da fraude é necessário realizar uma gestão de OKRs de fraude, como monitoração e gestão de regras, sempre orientado a diminuir o risco e aumentar o potencial de clientes”, finaliza o expert em tecnologia financeira.
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Este artigo foi escrito por uma Inteligência Artificial: O futuro do RH e de Vendas