As mamas são dois órgãos localizados na parte anterior e superior do tórax. Elas são constituídas por estruturas produtoras de leite (lóbulos), ductos – que são pequenos canais que ligam os lóbulos ao mamilo -, gordura, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
Os vasos linfáticos são responsáveis pelo transporte de linfa, o líquido que contém células do sistema de defesa, gordura e proteínas. Ao longo dos vasos linfáticos há pequenos órgãos chamados de gânglios, nódulos linfáticos ou linfonodos. Eles armazenam os glóbulos brancos chamados linfócitos.
O câncer de mama
As informações das nossas células, os chamados genes, mostram como devem ser suas tarefas. Quando ocorrem erros nesses genes, as células perdem sua função normal e passam a desenvolver atividades anormais, como um crescimento desorganizado; isso forma o chamado tumor. Isto também pode acontecer nas células das mamas, formando o câncer de mama maligno.
Além dos fatores genéticos, segundo informações do Hospital A. C. Camargo, as alterações também podem ser estimuladas por fatores ambientais, como tabagismo, uso de hormônios (TRH ? terapia de reposição hormonal), início da menstruação em idade muito jovem, menopausa em idade mais tardia, menor número de gravidez e gravidez em idade cada vez mais tardia, excesso de peso e ingestão de bebida alcoólica.
Como não existe uma maneira de prevenir a doença, é importante que a mulher conheça seu próprio corpo e é aqui que entra a prática do autoexame, que deve ser feito uma vez por mês e, de preferência, sempre no mesmo dia.
A partir dos 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença e é recomendado que seja feito pelo menos uma vez por ano. O Hospital do Câncer de Barretos indica que todas as mulheres deveriam procurar um mastologista para acompanhamento e exame anual durante a vida, mas principalmente a partir dos 40 anos.
Estágios da doença
Os estádios do câncer de mama são formas que os médicos usam para dar notas ao momento da doença do paciente e são divididos em cinco tipos:
Estadio 0: quando a doença está restrita ao local onde começou (carcinomas in situ);
Estadio 1: a doença invadiu a região local, mas possui no máximo 2cm de tamanho (carcinomas invasivos = têm chance de mandar células para outras partes do corpo);
Estádio 2: a doença invadiu a região local, mas possui entre 2 e 5cm de tamanho e ínguas pouco comprometidas na axila (carcinomas invasivos);
Estádio 3: a doença invadiu a região local, mas possui tamanho maior que 5cm ou ínguas muito comprometidas na axila (carcinomas invasivos);
Estádio 4: quando a doença invadiu outras partes do corpo como: ossos, pulmões, fígado etc.
Os sintomas
A maioria deles só pode ser percebido por você mesma, como manchas ou alterações na pele da mama, líquido desconhecido e injustificável no bico da mama e a sensação de presença de nódulos. Por isso o autoexame é tão importante e deve ser feito sempre.
Caso você note alguma coisa de diferente, procure seu médico para que ele peça os exames por meio dos quais a doença pode ser detectada, como o exame clínico ou de imagens (mamografia, ultrassom ou ressonância). Se existir a suspeita, o médico mastologista realizará uma biópsia, que pode ser realizada por meio de uma pequena cirurgia ou com agulhas. Desta forma consegue-se retirar pedaços do tumor que vão para exame com o médico patologista, quem dirá se a alteração é ou não um câncer.
Tratamento
Caso a doença seja confirmada, procure esclarecer todas as suas dúvidas com o médico. Os tratamentos para o câncer de mama são clínicos e cirúrgicos. Esses envolvem os tratamentos conservadores, aqueles que preservam a mama, como as tumorectomias, quadrantectomias e os radicais – conhecidos como mastectomias.
Hoje em dia, há uma modalidade conhecida como oncoplásticas, ou seja, tratamentos conservadores que usam técnicas de cirurgia plástica para o tratamento do câncer de mama. Com isso obtém-se um tratamento oncologicamente eficaz e permite-se um efeito estético satisfatório para a paciente, porque este tratamento permite igualar cirurgicamente a mama contralateral.
O tratamento clínico envolve vários tipos de medicamentos chamados quimioterápicos e hormonioterápicos, cada qual com sua função e efeito colateral. Além disso, existe a radioterapia que deve ser empregada na sequência do tratamento cirúrgico, conservador ou em casos específicos de câncer avançado.
Nos casos das mastectomias é importante salientar que todas as mulheres têm o direito da reconstrução mamária.
De maneira geral é importante dizer que o tratamento é individual, portanto, cada caso é estudado particularmente e recebe um tratamento específico. Então, não se assuste se alguém passar por um tratamento diferente do seu. Lembre-se: cada caso é um caso.
Com informações dos portais A. C. Camargo e Hospital do Câncer de Barretos.
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