Gelo
De acordo com um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal), o gelo, utilizado no resfriamento de bebida e manipulado pelos vendedores, como principal fonte de contaminação externa das latas e outras embalagens.
Segundo a pesquisa, foram coletadas várias amostras para análises e havia níveis de contaminação de micro-organismos aeróbios mesófilos, bem como bolores e leveduras acima de 50 unidades formadoras de colônia por centímetro quadrado (ufc/cm2). Os microrganismos presentes nas amostras de embalagens também foram percebidos em gelos.
O que mais chamou a atenção da pesquisa é a afirmação do infectologista Edmilson Migowski, ao qual alerta que os organismos encontrados em grande escala no gelo podem ser indício da existência de outras ameaças, como o vírus da hepatite A.
O coordenador da Comissão de Saúde da Abal, Manoel Arruda, diz que a pesquisa foi encomendada para desmentir boatos que circularam na internet sobre contaminação de latas. “O problema não é privilégio de nenhuma embalagem. Quando ocorre, está associado principalmente ao gelo utilizado para refrigeração ou em razão de estocagem e manuseio inadequados”, afirma ele.
Carnes
Doenças relacionadas ao consumo de carne bovina, suína e de aves custaram dezenas de milhões aos cofres públicos nos últimos anos. As consequências podem ser desastrosas para a saúde. Comer carne contaminada é um risco perigoso demais para se ficar exposto.
Para o neurologista Leandro Teles, existem dois tipos de contaminação. O primeiro caso é aquele em que o animal já está doente e tem a carne consumida pelo ser humano. O risco aumenta se a carne estiver mal passada. Entre as doenças mais comuns, estão a toxoplamose, brucelose, tuberculose e uma das mais perigosas, a cisticercose.
Açaí
Além de ser bastante apreciado pela população, recentemente pesquisadores descobriram que ele pode abrigar, mesmo quando congelado, o protozoário Trypanosoma cruzi responsável pelo mal de Chagas e servir de veículo para a doença. A suspeita existia desde 2006 e foi confirmada por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).
Sabonetes
Estudo lançado nesta segunda-feira pela escola, em associação com a Universidade Queen Mary e patrocínio de uma marca de sabonetes, aponta que cerca de um em cada dez britânicos pesquisados carrega em suas mãos a mesma quantidade de germes de uma privada suja.
Água Mineral
Em 2006, a Proteste, organização não-governamental de defesa do consumidor, testou 15 marcas de água de garrafão vendidas no país. O resultado não foi negativo, mas preocupante: embora 80% não revelassem grandes problemas, os rótulos das águas de garrafão continham informação incompleta e quantidade errada de minerais, além de não mostrarem a data de validade ou instruções para conservação.
Outras três marcas de água de garrafão apresentaram a bactéria Pseudomonas aeruginosa. Ela não oferece risco, a princípio, para quem está saudável de modo geral, mas o achado representa falha no processo de desinfecção. A contaminação da água engarrafada desde a sua fonte é tema preocupante também em outros países.
A ONG americana Natural Resources Defense Council (NRDC) descobriu que amostras de duas marcas de água mineral estavam contaminadas por ftalatos, em um dos casos, excedendo os padrões para água potável da EPA, Agência dde Proteção Ambiental dos Estados Unidos.
Essas substâncias químicas ? utilizadas para tornar os plásticos maleáveis, e que são encontradas em cosméticos e fragrâncias, cortinas de chuveiro e até brinquedos de bebês ? estão sob investigação cada vez mais minuciosa. Elas são interferentes endócrinos, que bloqueiam ou imitam os hormônios humanos, afetando as funções normais do corpo.
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