No universo de múltiplas opções do e-commerce atual, nem mesmo um orçamento flexível pode ser sinônimo de sucesso para uma loja na Internet. Pesquisa da Big Data Corp revelou que a média de vida de um e-commerce no Brasil é de apenas três meses. De janeiro a agosto deste ano, 50% das lojas virtuais monitoradas pela pesquisa deixaram de existir. Durante a Rakuten Expo, evento de e-commerce realizado nesta terça (14) em São Paulo, especialistas trouxeram insights sobre o assunto.
Para o diretor comercial da Neoassist, Albert Deweik, a pergunta correta é ?onde não se deve investir?. ?Divido o e-commerce em dois tipos: a loja de nicho e as que vendem commodity. Este segundo tipo abrange as grandes lojas, que ganham em escala. O primeiro tipo, que são os empreendedores, devem investir em encontrar alguma forma de se diferenciar. Uma loja virtual pequena não conseguirá competir com a Netshoes em volume de vendas, então tem que apresentar um atendimento único?, acredita.
Já o gerente de expansão da Onclick, Roberto França, entende que o dinheiro do lojista virtual tem que ser pulverizado nos seguintes segmentos: atendimento, segurança, gestão, mídia, design e funil de vendas. No entanto, França ressalta que algumas características não dependem de investimento. ?O que adianta gastar um caminhão de dinheiro no Google e a loja não apresentar credibilidade? A gestão e a velocidade de entrega são essenciais?, frisa.
França dá outra dica para os empresários que acabaram de abrir uma e-store. ?Existia e ainda existe um discurso de que o ERP [sistema de gestão integrada] só seria necessário em operações que convertessem pelo menos 30 pedidos por dia, mas isso não existe. Precisa ter ERP desde o início?, aconselha.
O diretor do site Blindado, Bernardo Carneiro, diz que o mais importante é identificar quem é e o que quer este brasileiro que compra no e-commerce. ?Os consumidores, principalmente os que estão comprando pela primeira vez [em 2014, foram 5 milhões de novos compradores], ainda estão tentando entender o e-commerce. Os lojistas têm que trazer estas respostas, criar um ambiente propício para compra?, diz.
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