Segundo pesquisa realizada pelo IBOPE, encomendada pela Associação pela Indústria e Comércio Esportivo (Ápice), de maio de 2014 a maio de 2015, no Brasil foram adquiridos pela população, quase 19 milhões de pares de tênis esportivos considerados não-originais, montante que representa 23% da produção nacional nesse segmento.
A estimativa é que o governo federal deixou de arrecadar R$637 milhões com a comercialização de produtos esportivos ilegais. ?Por isso, a Ápice está cada vez mais engajada em ações eficazes de apreensões de produtos esportivos não originais, que comprometem o acesso de produtos com qualidade ao consumidor e até a geração de empregos no setor da indústria esportiva?, ressalta Marina Carvalho. A pesquisa IBOPE encomendada pela Ápice ouviu 2002 entrevistados, em todo o pais, com pessoas pertencentes às classes A, B, C, D, e E, entre homens e mulheres com 16 anos ou mais.
Segundo Marina Carvalho, diretora-presidente da associação que representa as marcas adidas, Asics, Alpargatas, Nike, Oakley, Puma, Specialized, Skechers e Under Armour, nos últimos dois anos, a Ápice contribuiu com investigações e apoio logístico para apreensões de produtos ilegais nas cidades de Nova Serrana (MG), Uruguaiana, Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (shopping 25 de março).
Sobre o diálogo de autoridades policiais, a Ápice ajudou com informações para a identificação de produtos esportivos ilegais pelo Instituto de Criminalística de Brasília (DF), Prefeitura e Guarda Metropolitana de São Paulo, Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Recife ?PE), Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Rio de Janeiro), Delegacia de Combate aos Crimes de Propriedade Imaterial (Brasília-DF), entre outros órgãos de combate ao mercado ilegal de produtos.
Raio X – Mercado Ilegal de Calçados Esportivos
Foram declaradamente adquiridos 80.607. 525 pares de tênis esportivos;
Destes, 61.672.871 foram originais (77%) e 18.934.654 não ?originais (23%);
O valor médio gasto declarado com um par de tênis esportivo foi de R$332,90, sendo que o original foi de R$376,00 e não original R$146,60.
Segundo Marina Carvalho, nesse período, a ÁPICE estima que o faturamento anual na?o realizado pelas suas associadas foi de R$ 1,6 bilha?o, a quantidade de tributos na?o arrecadados chega a R$ 637,6 milhões e essa produção ilegal envolveu aproximadamente?145 mil empregos informais ou irregulares.
Fonte: Pesquisa IBOPE encomendada pela Ápice, maio de 2014 a maio de 2015.