* Por Caito Maia
Recentemente, a Chilli Beans foi eleita a melhor franqueadora de 2014, prêmio dado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Foi a maior alegria ganhar esse prêmio, que é o mais importante do setor no País.
A premiação foi notícia, eu dei entrevistas, essas coisas todas, mas o que pouca gente sabe é que 2014 foi um ano para eu nunca mais esquecer na minha vida, um ano em que posso dizer que passei por uma das piores coisas que já me aconteceram como franqueador, para não dizer da própria história da marca.
E tudo começou quando eu descobri que boa parte dos franqueados, os mais antigos, os mais parceiros, estavam insatisfeitos. Nós vínhamos de anos em que crescíamos além da média do varejo, nunca menos de 10%. Grandes coleções, grandes resultados. Sem dúvida, as melhores marcas da companhia. ?Problema? bom, não é? Por outro lado, eles sentiam que essa expansão acelerada havia nos afastado. Não estávamos mais andando lado a lado.
Para falar a verdade, quando soube, primeiro tomei um susto, mas aí voltei alguns passos, parei para ouvir essas pessoas que me ajudaram a crescer com a marca. As queixas eram muitas, por exemplo em relação à política de compras, ao estoque e à expansão agressiva de pontos de venda.
Metaforicamente, a gente passava por aquela fase, comum na vida dos adolescentes, em que crescer traz sofrimento! É lógico que a gente quer continuar a crescer, mas na cumplicidade, com o sucesso de cada um, e de todos.
A partir de várias reuniões, nas quais eu mais escutei do que falei, trouxe os franqueados para o dia a dia, para decidirem comigo os rumos da marca, as grandes e as pequenas decisões. As mudanças não foram do dia para a noite: foi um processo longo e dolorido, de mexer até no ?imexível?, mas a gente superou a crise. E o que foi, como eu comentei no início do artigo, o pior que já aconteceu, foi também o melhor que podia ter acontecido.
Não tenho dúvidas de que no futuro teremos novas crises e novas controvérsias. Afinal, somos humanos e emocionais. Mas também não tenho dúvidas de que crescemos como time e nos fortalecemos como equipe.
É óbvio falar, é até chavão, mas em time que está ganhando se mexe sim! E só assim é possível perpetuar uma empresa no sucesso.
* Caito Maia é presidente da Chilli Beans
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