O número de famílias brasileiras endividadas aumentou entre janeiro e fevereiro deste ano, de 0,6 ponto porcentual. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 56,2% dos brasileiros têm dívidas.
Esta é a primeira alta, após quatro quedas seguidas. Apesar do aumento, este é o menor nível de endividados da série histórica, iniciada em 2010.
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Em relação a fevereiro de 2016 houve recuo. Naquele mês, o número de endividados era de 60,8%. “A queda na comparação anual indica um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos para as famílias”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.
Já o índice de inadimplência atingiu 23% das famílias em fevereiro. Esse é o número de famílias que possuem dívidas ou contas em atraso. Em janeiro, esse número era de 22,7%. Em fevereiro do ano passado, 23,3%  das famílias estavam nessas condições.
A parcela de famílias que disseram que não terão como pagar as dívidas e que, portanto, permanecerão inadimplentes aumentou em ambas as bases de comparação. Passou de 8,6% em fevereiro de 2016 para 9,3% em janeiro passado, alcançando 9,8% em fevereiro de 2017. Esse é o maior patamar do indicador desde janeiro de 2010, quando estava em 10,2%.
“A perspectiva menos positiva das famílias em relação ao seu endividamento continua atrelada à conjuntura desfavorável de emprego e renda, além de juros ainda elevados”, considerou a economista.