O Nubank está tomando medidas para proteger seus mais de 80 milhões de clientes e alertar o público sobre possíveis golpes online. Em uma estratégia proativa, o banco adquiriu URLs suspeitas que poderiam ser exploradas por golpistas e as direcionou para um novo portal de segurança.

A iniciativa, parte da campanha #PareceMasNãoÉoNubank, visa não apenas conscientizar, mas também agir. “Queremos ir além do alerta e da conscientização das pessoas sobre essa prática criminosa e partir para uma ação mais concreta”, afirma Juliana Roschel, diretora de marketing do Nubank.

No primeiro trimestre de 2023, o Brasil testemunhou 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras a cada minuto, um cenário que deixa todos em alerta. Estes números surgem da análise da CAF, uma empresa especializada em prevenção de fraudes e segurança digital, que cruzou seus dados com informações do Banco Central.

Durante este período, cerca de 1,73% das transações digitais no sistema financeiro brasileiro mostraram indícios de atividades criminosas, o que se traduz em impressionantes 365 milhões de tentativas de golpe, sobretudo em canais financeiros digitais. Entre as tentativas de fraudes mais populares e recentes está também o golpe do celular invadido, que acontece quando um aplicativo de acesso remoto consegue invadir o celular de uma pessoa através de um software de acesso. 

Dicas de proteção contra fraudes e golpes no aplicativo de banco

O Nubank adquiriu dezenas de URLs suspeitas, incluindo variações do nome da instituição, como “nubankbrasil,” “nubank,” “nubanks” e “wwwnubank.” Essas URLs agora redirecionam para um portal de segurança dedicado. Ele não se limita a redirecionar as URLs suspeitas, mas também serve como um recurso permanente. 

No portal estão informações e dicas de proteção contra fraudes e golpes. Isso é uma extensão da campanha #PareceMasNãoÉoNubank, que oferece orientações sobre táticas comuns de golpistas, como a falsa central de atendimento, o uso indevido da marca Nubank e como reconhecer operações legítimas e canais oficiais de atendimento.

Táticas comuns de golpistas em aplicativos de bancos

Em geral, as tentativas de golpe que utilizam a marca de bancos como isca apresentam padrões recorrentes. A estratégia é despertar sua atenção com ofertas atraentes ou situações alarmantes. Uma das táticas principais dos golpistas é manipular seu senso de urgência, induzindo você a agir precipitadamente, sem considerar as consequências.

Por exemplo, quando alguém liga afirmando que sua conta está bloqueada e exige uma transferência via Pix para desbloqueio, tenha em mente que isso não é o banco, mas o golpe conhecido como a “falsa central de atendimento”. Da mesma forma, ao receber um link que promete uma transferência instantânea, não se iluda, isso é uma investida de phishing.

Aquele SMS alertando sobre problemas em sua conta e solicitando que você baixe um aplicativo de segurança. Não é o banco, mas sim uma tentativa de instalar malware em seu dispositivo. Até mesmo nas redes sociais, o mesmo padrão se repete. Quando uma mensagem de um perfil pessoal afirma ser um atendente do banco pronto para ajudar, desconfie – é mais um golpe.

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Engenharia social

A engenharia social é uma técnica de manipulação que visa conquistar a confiança. Os bancos não solicitam que você compartilhe sua senha, token ou código de segurança por ligações, ou mensagens. Além disso, não pedem que os clientes realizem operações como baixar aplicativos, efetuar reconhecimento facial ou, ainda, enviar Pix para desbloquear contas ou cancelar transações. Se alguém requisitar tais informações, fique alerta: é uma tentativa de golpe.

Em chamadas legítimas, podem ser solicitados detalhes como seu nome, os três primeiros dígitos do CPF e sua data de nascimento, visando à confirmação de identidade. Contudo, se o contato levantar suspeitas ou exigir informações sensíveis, como seu CPF completo, encerre a chamada imediatamente e procure os canais de atendimento oficiais. 

A importância da conscientização

De acordo com Fabiola Marchiori, vice-presidente de Engenharia e gerente-geral de Prevenção a Fraude do Nubank, existe uma crescente prevalência de táticas de engenharia social na indústria financeira. Ela explica que os fraudadores têm encontrado dificuldades em contornar os sistemas de defesa das instituições, o que os levou a buscar formas mais insidiosas de manipular as vítimas. “Manter as pessoas bem informadas sobre essa prática é muito importante porque, na maioria das vezes, existe uma participação não intencional das próprias vítimas para que o golpe se concretize”, observa Marchiori.

Uso indevido da marca Nubank

A ação do Nubank não se limita a evitar que golpes ocorram, mas também chama a atenção para o uso indevido da marca por fraudadores. O banco também incentiva o uso da hashtag da campanha, #PareceMasNãoÉoNubank, para denúncias de perfis ou conteúdos suspeitos nas redes sociais.

Além disso, o Nubank disponibiliza um Canal de Denúncias que permite que qualquer pessoa, cliente ou não, denuncie tentativas de golpes e má utilização da marca de forma anônima ou pública.

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Reforçando a segurança

O Nubank está empenhado em elevar seus padrões de segurança, agindo em resposta a desafios recentes. No último ano, o banco se deparou com a exposição pública relacionada a fraudes e transações não autorizadas que afetaram seus clientes. Em particular, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o Nubank em decorrência de relatos sobre golpes via seu aplicativo.

A falta de mecanismos para bloquear transações suspeitas gerou preocupações. Em reação a esses incidentes, o Nubank lançou o SOS Nu para apoiar seus clientes e disponibilizou dicas para evitar problemas com cartões de crédito e contas digitais, buscando fortalecer a confiança dos consumidores em um ambiente financeiro digital em constante evolução.

Nubank adota inteligência artificial

Além dessas iniciativas de segurança, o Nubank também está investindo em melhorar a experiência do cliente. Recentemente, o banco anunciou o uso de tecnologia de inteligência artificial generativa para auxiliar os clientes ao solicitar crédito por meio do aplicativo. Essa IA age como uma assistente virtual, fornecendo opções personalizadas para empréstimos e oferecendo dicas sobre como usar o cartão de crédito de forma eficaz. Essa tecnologia atualmente está em fase de testes, mas será disponibilizada para mais usuários no futuro.

A inteligência artificial generativa usada pelo Nubank foi desenvolvida em parceria com a OpenAI e é baseada no ChatGPT4. Esse sistema utiliza modelos de dados e ferramentas avançadas, integrando-se perfeitamente ao ambiente do banco digital. Essa colaboração impulsiona a inovação e marca um avanço significativo no setor bancário em direção a um atendimento ao cliente mais eficaz.