Quando o coronavírus chegou ao Brasil, o setor de saúde já estava arregaçando as mangas para atender com eficiência. É o que revelam as empresas Hapvida e Grupo Fleury. Ambos se organizaram para o atendimento em domicílio ou via conferência e prepararam suas clínicas e hospitais com os mais completos protocolos de segurança para dar segurança aos que ainda precisaram ir às unidades.
A prontidão das empresas foi um dos pontos debatidos pelas empresas do setor de saúde em um webinar promovido pelo portal Consumidor Moderno. Jeane Tsutsui, diretora-executiva de Negócios do Grupo Fleury e Marcelo Sampaio, diretor-executivo da Hapvida Assistência Médica, participaram de uma conversa mediada por Melissa Lulio, Content Designer do Grupo Padrão. O evento ainda contou a participação de Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão.
Uso de dados
Pilar fundamental para o sucesso de qualquer empresa hoje, a coleta e tratamento adequado de dados é essencial para os bons resultados observados por Fleury e Hapvida.
A Hapvida utilizou as informações dos pacientes para se organizar. Os dados ajudaram a empresa a entender quais unidades têm maior espera e onde há maior demanda. A análise ajudou a cumprir o objetivo de atender os pacientes em até quinze minutos, do momento em que retiram uma senha ao momento em que estão conversando com um médico.
“Fomos capazes de entender quais unidades precisavam de maior esforço. Controlamos todos os nossos tempos para resolver qualquer problema que o paciente possa ter durante a trajetória no nosso hospital”, explica Sampaio.
No Grupo Fleury, os dados estão sendo usados para ajudar as autoridades sanitárias. Todos os exames realizados na rede estão sendo enviados para a Secretaria da Saúde de São Paulo a fim de ajudar no combate ao coronavírus.
“Temos acompanhado muito de perto (os dados) para fazer projeções. Temos na palma da mão o controle de pacientes atendidos por unidade, por regional e como estamos projetando a adaptação das agendas de exames para os usuários”, afirma Jeane.
Desenho de protocolos
As empresas do setor de saúde precisaram ser rápidas na criação de protocolos de segurança para o atendimento dos pacientes. Nos hospitais com maior capacidade de atendimento a Hapvida dividiu as unidades e criou eixos para casos de COVID-19 ou de suspeita da doença. Além disso, o time de Supply da companhia precisou enfrentar alguns desafios para que não faltassem equipamentos de proteção individual para os colaboradores da rede.
O Grupo Fleury também se preocupou em digitalizar o atendimento para dar mais rapidez aos processos. A empresa começou a atender via WhatsApp e disponibilizou um check-in virtual para que o paciente seja atendido com mais rapidez quando chega a uma das unidades da rede. A companhia ainda incluiu no protocolo de atendimento a consulta via drive-thru para pacientes com suspeita de COVID-19.
Telemedicina
A Hapvida atingiu a marca de 900 atendimentos diários via telemedicina. O número expressivo só foi possível graças a um trabalho de preparo anterior à regulação que permitiu o uso da telemedicina durante a pandemia de COVID-19.
Sampaio explica que a ferramenta é útil por dar acesso a consultas para pessoas que moram longe de grandes centros, além de tornar possível o atendimento de casos relacionados à COVID-19 evitando a contaminação de outros pacientes.
A telemedicina já foi assunto em outro webinar promovido pela Consumidor Moderno. Renato Cardoso, CEO do Dr. Consulta, contou que sua empresa faz mais de dois mil atendimentos remotos por dia com uma equipe de 400 médicos.
“A telemedicina veio para ficar. É mais uma ferramenta. Não substitui o atendimento presencial, mas adiciona uma possibilidade para casos mais simples. A ida ao hospital continua existindo”, afirma Jeane Tsutsui.
Confira o webinar completo:
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