Em fevereiro de 2017, a NBA e a Take-Two anunciaram planos de lançar uma nova competição profissional que reunirá os melhores jogadores de games de basquete do mundo. 17 times da NBA irão participar da temporada inaugural este ano. O painel “Hoops and gaming why the NBA started an Esports League”, no SXSW, trouxe o diretor-geral da NBA, Brendan Donahue, para contar sobre os planos desta iniciativa, a identificação dos melhores jogadores a atração de fãs e muito mais.
Brendan foi entrevistado por Saira Mueller, editora da Dot Esports. Para ele, a iniciativa de levar a NBA para o campo do e-sports foi a convergência do jogo real e sua popularização global, somada à própria cultura de games tão latente e crescendo incrivelmente. Finalmente, os donos das franquias da NBA enxergaram essa convergência como uma oportunidade de impulsionar ainda mais o crescimento do esporte, juntando o melhor dos dois mundos.
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A própria característica do basquete, um jogo simples de ser jogado, basta um aro é uma bola para que possa ser praticado nos fundos de uma casa, nas ruas, nas escolas, nas praças e até mesmo nos clubes. Essa facilidade de jogar mantém viva a chama do esporte e o torna incrivelmente comunitário. Os e-sports, por sua vez, também não se enquadram em jogadores isolados. Cada gamer hoje procura jogar com outros competidores.
Audiência
Os gamers, por sua vez, mais de 10 milhões de praticantes que jogam cerca de 90 minutos ao dia, todos os dias e mais de 1,6 bilhão de pessoas no mundo todo que são fãs da NBA em redes sociais espalhados pelo mundo e junte-se a esse número mais de 200 milhões de pessoas que praticam os esportes eletrônicos no mundo todo. O potencial do mercado da temporada da NBA em Game é sensacional.
O campeonato da NBA nos games pretende identificar 2 milhões de jogadores mais qualificados do mundo para participarem das eliminatórios até que tenhamos cerca os 17 participantes oficiais da temporada. As eliminatórias terão pelo menos 4 partidas para cada competidor. E durante a temporada, um gamer poderá participar de até 100 jogos.
Analytics
Para Brendan, um dos grandes resultados da iniciativa de levar a NBA para uma temporada digital é a coleta espetacular de dados: saberão como cada jogador executa cada obviamente, táticas, jeitos de arremessar, tempo de bola, percentual de acertos e conversões, enfim, um espetacular big data que permitirá selecionar os jogadores para os próximos anos.
As reações dos jogadores, dos gamers devem ser incrivelmente intensas. Eles serão avatares de seus ídolos é claro, querem ver seus times vencerem, alguns irão chorar depois de derrotas, mas muitas famílias ficarão orgulhosas ao ver seus filhos se destacarem. Isso é mais polpudos prêmios em dinheiro. Um jogador poderá ganhar mais de US$ 60 mil se levar seu time aos play offs. Ou seja, os jogadores classificados para participarem da temporada da NBA em game serão remunerados e receberão benefícios diversos.
Histórias
Muitas histórias saborosas serão geradas a partir dessa competição. Háverá drafts, eliminatórias, a temporada, escolhas, vitórias e derrotas, associação às franquias e todo um conjunto de ideias que formarão um novo storytelling, mais rico para a NBA como um todo. Jogadores e ídolos das quadras ganharão o apoio de gamers, dos craques do e-sports ajudando a manter a marca sempre em evidência, para uma audiência global. A chance da iniciativa engajar fãs do mundo todo é extraordinária.
Nas próximas duas semanas, os times da NBA engajados e aderentes à iniciativa irão ser convocados para participarem do processo de seleção dos jogadores mais indicados para representarem as franquias. Outro desdobramento espantoso é o engajamento das cidades americanas. Uma das discussões do painel foi de que modo uma cidade poderia capitalizar sua imagem como sede um time vencedor de e-sports. Cada time da NBA sediará jogos em seus estádios virtuais e almejará ser conhecida como parte de uma cidade protagonista em e-sports.
A temporada da NBA na forma de e-sports é a consolidação de um projeto de globalizar ainda mais a marca, atingindo cada vez mais milhões de pessoas em centenas de pessoas.