Apesar do ano difícil, os brasileiros devem voltar às compras no Natal deste ano – é o que revela pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do País.
Ao todo, 108 milhões de consumidores devem comprar presentes para a data. Caso o número se confirme, ele deve ser próximo aos 109 milhões do ano passado. Eles devem injetar em torno de R$ 50 bilhões na economia.
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Ao todo, 72,2% dos consumidores brasileiros pretendem comprar presentes e somente 7,4% dos consultados disseram que não o farão e outros 20,4% não se decidiram ainda – aqui o varejo tem a oportunidade de chamar a atenção desses indecisos, que somam quase 30,4 milhões de pessoas.
Apesar do ânimo para consumir, os consumidores devem gastar menos para o Natal deste ano: o gasto médio deve cair 5,3%. O ticket médio deve ficar em R$ 109,81.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os dados demonstram que mesmo diante da crise, o Natal continua exercendo uma forte influência no estímulo ao consumo, superando outras datas comemorativas. “A tradição do Natal se impõe mesmo com as dificuldades da crise, como desemprego, juros e inflação alta. Apesar do cenário econômico adverso, o Natal deverá movimentar grandes somas em diversos setores da economia. Essa é uma oportunidade para os comerciante e lojistas se recuperarem das perdas que tiveram ao longo do ano, em virtude dos efeitos da recessão”, explicou em nota.
Os presentes
Como todos os anos, as roupas serão os produtos mais procurados no Natal: 60,1% dos entrevistados disseram que esse será o presente – ponto positivo para o setor de moda. Os brinquedos (41,6%), calçados (34,7%), perfumes e cosméticos (30,3%), acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (20,7%), smartphones (17,6%) e livros (17,0%) completam a lista de produtos mais procurados para a data.
Na comparação entre rendas, as pessoas da classe C tendem a dar presentes mais caros aos filhos (25,3%), enquanto os consumidores das classes A e B (27,8%) presenteiam mais as esposas e maridos com o presente de valor mais elevado.