É difícil saber por onde começar – principalmente se você é uma mulher. Era 2003 quando Madonna subiu ao palco e, durante o Video Music Awards (VMA), beijou as jovens artistas Britney Spears e Christina Aguilera. Para muitas pessoas, aquilo era só um ato polêmico. Para outras, porém, era mais uma etapa de uma grande revolução guiada pela mulher mais influente da música.
Alguns anos antes, ela queimara cruzes no vídeo de Like a Prayer. Ela havia também esfregado uma bandeira entre as pernas no show que fez no Brasil, em 1993. A Madonna fez, sim, polêmica. Tirou o fôlego de todos. Tirou a roupa quando todos queriam que as mulheres apenas obedecessem – ficassem nuas quando os homens tivessem vontade, mantivessem a “pose” quando eles preferissem também. Ela sempre foi quem acreditava que deveria ser: uma mulher livre, uma humanista, uma gênia da igualdade.
Eleita Mulher do Ano pela Billboard, ela soltou a língua no discurso que fez. “Não há regras se você é um garoto. Há regras se você é uma garota. Se você é uma garota, você tem que jogar o jogo. Você tem permissão para ser bonita, fofa e sexy. Mas não pareça muito esperta. Não aja como você tivesse uma opinião que vá contra o status quo. Você pode ser objetificada pelos homens e pode se vestir como uma prostituta, mas não assuma e se orgulhe da vadia em você”, disse, por exemplo.
Confira o discurso completo no vídeo.