O Brasil é um dos países da América Latina que mais consome telenovelas, segundo dados do Kantar IBOPE. A primeira exibição desse estilo no país ocorreu na década de 50, e desde então tem conquistado o coração de muitos brasileiros. Contudo, as produções vêm sofrendo modificações com o passar dos anos. Existe um consumidor atento, que não utiliza mais somente a TV como forma de entretenimento, e o celular virou uma opção para todos.
Com isso, pensando em atender a esse público exigente e variado, muitas transformações estão ocorrendo no consumo desses conteúdos. Uma delas é a produção de mini ficções para plataformas de vídeos curtos, um formato que chegou recentemente ao Brasil desenvolvido de maneira pioneira pelo Kwai. Trata-se de mininovelas ou minisséries originais que são produzidas em formato vertical e que possuem em média dois minutos de duração. Esses vídeos geralmente possuem começo, meio e fim, mas também podem fazer parte de uma narrativa maior, com vários episódios curtos.
Os temas são diversos, indo desde drama à ficção científica, conflitos cotidianos, suspense e humor. São vídeos roteirizados, e que não são produzidos somente por usuários comuns. Na verdade, a proposta é um conjunto de parcerias com agências, produtoras e criadores de conteúdo audiovisual, que são responsáveis pela pré-produção, produção e pós-produção dos vídeos. A ideia é que eles trabalhem em cada etapa de construção criativa.
Trata-se de um formato revolucionário de produção de conteúdo, com um modelo de negócio criativo e totalmente adaptável. Isso, além de empoderar a cadeia de produção amadora e semiprofissional da dramaturgia no Brasil em um inovador segmento audiovisual, permitirá também às marcas se aproveitarem desse movimento para ganhar espaço e notoriedade entre diferentes públicos.
Se compararmos com as telenovelas já conhecidas da TV, as empresas já conseguiam gerar audiência e conversas por meio de produtos, levando a marca para o público com ações de merchandising e posicionamento. Agora, este novo e inovador modelo comercial possibilita que conteúdos de marca possam ser aplicados de diferentes maneiras e formatos, pois da mesma forma possui um potencial de entretenimento altamente acessível.
Hoje, as marcas interessadas em explorar esse novo mercado podem, por exemplo, co-produzir conteúdos e até patrocinar as mininovelas sejam as que estão em processo ou as já produzidas. Outra forma de impulsionar os negócios por meio de plataformas de vídeos curtos é desenvolver atividades ou páginas especiais dentro do próprio app, estimulando o público a participar de conversas e criar novos conteúdos a partir de um assunto ou contexto presente em uma das mininovelas, por exemplo.
Vejo este novo formato de produção audiovisual como uma grande tendência para desenvolver de maneira inovadora conteúdos de marca. É possível, por exemplo, apresentar de uma forma direta ou indireta, quase orgânica, as empresas que contribuíram na produção ou estão oferecendo aquele conteúdo por meio de patrocínio.
Novos modelos e oportunidades de negócios estão sendo criados e toda uma indústria está se modificando. As marcas precisam estar atentas a esses movimentos e estar onde o consumidor está focando, apostando ainda mais em entretenimento. Deixo aqui uma pequena provocação nesse sentido. Quão inserida nesse novo contexto está sua marca? Vale a reflexão.
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*Por Ari Martire, Head de Sales do Kwai no Brasil.