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Triunfará no metaverso quem mesclar utilidade e comunidade

Triunfará no metaverso quem mesclar utilidade e comunidade

Especialista acredita que metaverso ainda sofre por barreiras tecnológicas, e possibilidades vão redefinir conceito de utilidade e comunidade

O futuro será descentralizado e com ele estão surgindo novas organizações impulsionadas pelos avanços tecnológicos. As possibilidades do metaverso, um lugar extraordinário para criar uma comunidade engajada de clientes que virem fãs da sua marca, foi o tema do Talk Insights no CONAREC 2022, apresentado por Daniel Marques, Diretor Executivo da AB2L.

Confira a cobertura completa do CONAREC 2022

E o que seria o metaverso? Metaverso seria a fusão sem fricção da realidade física com a realidade virtual. Marques utiliza a palavra realidade por considerar “a realidade virtual é real como a realidade física, só que possui outra dimensão epistemológica e outro tipo de dimensão metafísica que é diferente da de físico, mas é real, gera relações”.

Partindo desta definição de metaverso, como a ruptura de paredes entre o mundo e o mundo físico e um mundo virtual e pessoal, o diretor-executivo da AB2L destaca que apesar de muito falado, é uma tecnologia que ainda está engatinhando e pode ser parcialmente percebida no mundo dos games.

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Metaverso ainda precisa de tecnologia para engrenar

Em um comparativo com o surgimento da internet e as barreiras tecnológicas, por exemplo, do uso da internet discada, que limitava substancialmente as inovações e uso de recursos dentre da rede. “Uma coisa que nós temos que entender é que todo início de uma nova tecnologia, ela é tosca, ela é ruim. Outro exemplo que a gente pode dar, câmera digital. A câmera digital foi em 1976 pela Kodak, que pesava um quilo e meio. Imagine tirar foto com aquele meio, uma selfie e cada foto? A qualidade era pior do que o analógico”.

Mas pesou a favor da internet ou das câmeras, e Marques crê que o mesmo vale para o metaverso, a Lei de Moore, uma expressão usada após a observação feita por Gordon E. Moore de haver uma tendência histórica em que a tecnologia dobra a sua capacidade de armazenamento, processamento a cada 12, 18 meses e o preço cai pela metade.

“O que hoje nós temos em relação metaverso é o início tosco do que realmente será no futuro. E muitas vezes a gente quer analisar o futuro com esses olhos no presente, sem levar em conta também o passado do que aconteceu em relação a outras tecnologias”, pondera.

Para Daniel Marques, o primeiro obstáculo para essa evolução é a velocidade de conexão. Para ele, nem o próprio 5G será capaz de dar conta da necessidade de banda e latência para uma experiência realmente profunda no metaverso.

Outro aspecto é em relação ao gadget, o aparelho de conexão ao metaverso por onde será possível transladar de um lado para outro. Enquanto alguns apostam nos famosos óculos, outros já estão criando lentes de contato conectada à internet para fazer todas as interações. Há quem aposte no chip pessoal, como defende Elon Musk.

Leia Mais: Metaverso é para qualquer tipo de empresa?

Utilidade e comunidade

Independente de qual será a ferramenta ou plataforma utilizada, o diferencial para o metaverso, na opinião do diretor-executivo, é o tempo. “Mas o metaverso é muito mais do que simplesmente um espaço digital. Ele é tempo. Vai ser um momento na história que o ser humano estará mais tempo conectado a essa grande rede do que desconectado”.

Para Marques, há dois marcos que aceleraram a familiarização com o conceito de metaverso. Primeiro, a pandemia, com o home office e as interações online e a produtividade se mantendo. O segundo ponto que fez com que acelerasse a questão do metaverso foi a mudança do nome do Facebook para meta que gerou alarme na sociedade como um todo.

Mas isso é basicamente ruído, avalia o especialista. “Toda vez que surge uma nova tecnologia ou algo novo, existe um momento de hype dos aventureiros. Especulação não é nada novo. Isso aconteceu na Corrida do Ouro no Oeste, nos Estados Unidos. Isso aconteceu e acontece todos os dias no Brasil e no mundo, com especulação imobiliária. Só que agora aconteceu no ambiente novo. Óbvio que depois de todo hype, passa. Fica a essência daquilo que realmente serve e funciona, vai ficando”.

Conheça o Mundo do CX

Um dos conceitos mais interessantes apontados por Marques é a possibilidade de possuir algo no físico e no digital. O NFT, um certificado digital registrado numa blockchain que dá propriedade e garante autenticidade de um bem digital, pode também representar um bem físico.

Algumas empresas já entenderam um pouco mais dessas possibilidades e começaram a oferecer produtos híbridos. A Nike tem coleções em que é possível comprar um par de tênis para seu avatar e receber o tênis físico em casa. “Olha só como isso engaja o consumidor”, elogia. A Reserva, marca brasileira, junto com a Lumix Studio, lançou a coleção de NFTs que dá direito a uma série de benefícios que um cliente regular da loja não tem.

“A primeira coisa na hora de criar o NFT dentro desse mundo é entender para qual utilidade ele vai ser. Token Utility, porque já passou a época da especulação”, afirma Marques.

A segunda coisa para quem realmente quer ter um NFT dentro do metaverso que dê certo é ter uma comunidade de pessoas que acreditam no projeto. “É muito importante ter uma comunidade de pessoas que acreditam no projeto inicial, especialmente agora que a tecnologia ainda não chegou no grau de maturidade”, pontua. São as pessoas que, na curva de adoção de tecnologia, são chamadas de early adopters.

Leia Mais: A procura da experiência metassensorial: como é a jornada no metaverso?

Para entrar no mundo dos NFTs e no mundo do metaverso é muito importante unir esses dois elementos, um token útil e uma comunidade forte. “De nada adianta ter um token, um ticket com milhões de utilidades muito interessantes, se não houver uma comunidade de pessoas que constrói junto esses benefícios e que melhoram juntos esses serviços”, adverte Marques.

A mensagem que Daniel Marques deixa no Conarec 2022 é uma recomendação para um olhar atento às novas tecnologias. “Quem não se adapta se desintegra e fica para trás”. O case disso, segundo Daniel, é o próprio Facebook. “Foi criada uma divisão da empresa que vai matar a própria empresa. O Facebook, a Meta, já entendeu que no futuro não serão mais uma empresa apenas de rede social”. Por isso estão desenvolvendo hardwares, softwares e uma nova camada da economia que até 2030 estima-se vai movimentar US$ 1 trilhão.

 


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