O Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho passará a ter um novo nome: Mercado Livre Arena Pacaembu. Isso acontece após o naming rights da arena ser vendido para a empresa de comércio eletrônico em uma proposta que busca revitalizar o espaço e torná-lo atração para todo o país. As negociações, que começaram em 2023, resultaram em um contrato de 30 anos, com um investimento que pode ultrapassar R$ 1 bilhão. O valor é o maior do Brasil nesse modelo de negócio.
A ideia é que o Mercado Livre se aproxime e se associe com marcas icônicas, com um acesso a milhões de pessoas, que conectam e trazem paixão de uma forma democratizada, seja em termos sociais, raciais e de gênero. Foi feita uma pesquisa com as marcas mais notáveis de São Paulo, e o estádio Pacaembu aparece entre as TOP 10 mais lembradas da cidade. Por isso, para a empresa que oferece soluções de comércio eletrônico, é interessante associar seu nome ao da arena.
Além disso, o Pacaembu tem uma grande força no esporte, e o Mercado Livre busca ter mais presença nesse tema. À exemplo disso, pode ser citada o patrocínio dos times feminino e masculino do Flamengo e da Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol. Agora, esse passo de se associar ao estádio.
“É um anúncio super importante para o Mercado Livre. Representa um dos maiores investimentos que vamos fazer no Brasil. Nos associamos ao Pacaembu com um contrato de naming rights. A partir de agora, ele passa a se chamar Mercado Livre Arena Pacaembu. Completamos 25 anos no Brasil em 2024, e quisemos preparar uma série de iniciativas interessantes. Essa, provavelmente, é a maior de todas que comunicamos”, comenta Fernando Yunes, VP sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.
Entre as mudanças previstas após essa parceria, está a construção de um centro de eventos convenções, que receberá o nome do Mercado Pago Hall, assim como o Centro de Tênis, a Piscina Olímpica e o Ginásio, que receberão o complemento “Mercado Livre” em seus nomes. Já o estúdio de gravação se chamará “Estúdio Mercado Play” e dois camarotes serão chamados de “Mercado Pago” e “Meli+”. O nome do último refere-se ao programa de lealdade de clientes com a plataforma de e-commerce, que oferece uma série de benefícios para assinantes. Ou seja, nessa parceria, todo o ecossistema do Mercado Livre estará presente no complexo.
“Esse investimento pode passar de R$ 1 bilhão e o contrato deve durar 30 anos, o maior de naming rights já feito no Brasil. O tema de ecossistema é importante para nós. Os times do Mercado Livre e da Allegra Pacaembu têm trabalhado juntos para pensar nas iniciativas que podem ser oferecidas para os clientes e de exposição de marca, para que potencializarmos ao máximo essa parceria de muito longo prazo”, frisa Yunes.
O objetivo das empresas nessa união é estimular o complexo para que ele se torne vibrante dentro da cidade de São Paulo e ofereça novidades para as pessoas que querem participar das atividades oferecidas ao público. A ideia ainda é que, dentro dele, exista desde o museu até um centro de reabilitação.
“Esse é um momento muito especial para a concessionária, mas, sobretudo, é um momento muito especial para o Pacaembu. Um momento único na história desse complexo que irá completar 85 anos, e que era a segunda casa de todas as torcidas, amado por todos os paulistanos”, comenta Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu.
Desde junho de 2021, quando foram iniciadas as obras de restauros, foram investidos mais de R$ 600 milhões no projeto. Barella assegura ser o maior de restauro e modernização de um equipamento na cidade de São Paulo. Além disso, a restauração tem gerado três mil empregos diretos e indiretos. Já na fase de operação, o objetivo é chegar a 160 mil empregos por ano. Estima-se ainda um impacto econômico de R$ 1,68 bilhão para o município que, em 30 anos, pode chegar a R$ 50 bilhões.
“É um projeto muito significativo. O complexo é lembrado por todos, mesmo pelos que não são de São Paulo, e nós sempre tivemos em mente que ter uma marca é associada ao patrimônio seria uma relação muito benéfica para ambos. Esse acordo também chancela a nossa visão para o complexo junto com outros parceiros muito potentes que nós temos e estarão conosco. Eles reforçam essa nossa visão de um equipamento de uso cotidiano. Quando iniciamos essa conversa, uma das questões que levantamos é demonstrar que éramos muito mais do que um estádio de futebol”, frisa o CEO da Allegra Pacaembu.
Mudanças na Mercado Livre Arena Pacaembu
No complexo, estão sendo adicionados 45 mil metros quadrados de novas áreas, com uma oferta que possibilita um funcionamento 24 horas por dia, e sete dias por semana. Dentro, haverá um hotel com 85 quartos e, metade deles, com vista para o campo. O centro de eventos e convenções acomodará 8.500 pessoas. Além disso, estará localizado embaixo da projeção do hotel para possibilitar eventos de qualquer natureza, e que o público possa se hospedar e descer para o centro de convenções. Terão ainda mais de 10 ofertas entre restaurantes, bares, escritórios e lojas voltadas para a experiência do usuário. Serão 400 vagas de estacionamento e uma capacidade de público de 26 mil pessoas para jogos, e de 40 mil para shows.
“O que nós queremos é que o Pacaembu se torne um destino não só da cidade, como do Brasil, e que pessoas venham de outros estados para conhecê-lo. Esse é um projeto importante, porque desejamos ter o maior número de visitantes passando por ali, e que o tempo de permanência no local seja cada vez maior. Para isso, é importante que essa ocupação seja feita da maneira que está sendo planejada. Dessa forma, o ecossistema do Mercado Livre se encaixou perfeitamente, porque vamos poder explorá-lo todo”, acrescenta Barella.
O CEO da Allegra Pacaembu ressalta ainda que a união com o Mercado Livre aconteceu com respeito ao patrimônio histórico. O naming rights é algo previsto no edital de licitação, e a fachada de metal com o nome “Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho” será mantida, enquanto a marca Mercado Livre estará presente em mais de 70 pontos dentro do complexo. A busca é que a arena continue como palco de grandes emoções e que adicione muitas outras experiências de uma maneira, acessível, plural e democrática.
Foto: Cifotart / Shutterstock