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Brasileiro quer crédito, mas manter controle de suas finanças

Brasileiro quer crédito, mas manter controle de suas finanças

Consumidores sem experiência de crédito querem ter acesso a produtos e serviços, mas estão atentos às condições e experiências

Um terço das pessoas usariam mais produtos financeiros se recebessem ofertas melhores. Além disso, as pessoas sem crédito muitas vezes não conseguem ter acesso a produtos e serviços financeiros porque têm pouco ou nenhum histórico de informações de crédito.

Um estudo da TransUnion fez uma análise de comportamento de crédito em vários países para entender quantas pessoas estão sendo sub ou não atendidas. O relatório também indica caminhos para que esses consumidores em potencial ganhem mais visibilidade, e com isso oportunidades de acesso a bens e serviços.

O estudo global “Fortalecendo a Inclusão Financeira: Uma perspectiva mais profunda sobre consumidores de crédito sub-atendidos e não atendidos” incluiu uma análise do comportamento de crédito no Canadá, Colômbia, Hong Kong, Índia, África do Sul e Estados Unidos, e uma pesquisa global online de consumidores em Brasil, Canadá, Colômbia, República Dominicana, Filipinas e Estados Unidos.

“O estudo aponta claramente que há uma parcela grande de pessoas em todo o mundo que não está sendo atendida ou tem acesso reduzido ao crédito,” afirma Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Soluções da TransUnion Brasil.

Este estudo excluiu os recém-chegados ao crédito – pessoas que tiveram acesso ao primeiro produto de crédito nos últimos dois anos – da população sub-atendida, já que muitos desses recém-chegados ao crédito tornam-se mais ativos no crédito logo após a abertura de seu primeiro produto. A pesquisa procurou compreender aqueles que permanecem sem atendimento ou sub-atendidos durante um período mais longo.

Para entender melhor: perfil de consumidores no crédito

Não atendido: Consumidores que nunca tiveram um produto financeiro tradicional

Sub-atendido: Consumidores que:

  • Têm dois anos ou mais de histórico de crédito e pelo menos uma conta de crédito tradicional em seu histórico;
  • Têm de zero a duas contas de crédito abertas no momento;
  • Contam com apenas um tipo de produto de crédito

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Maioria de consumidores busca novos produtos

Os resultados da pesquisa, realizada entre agosto de 2021 e janeiro de 2022, indicam que, mesmo os consumidores sem experiência de crédito identificam os riscos e benefício de ter crédito e querem manter o controle de suas finanças. No Brasil, mais da metade (58%) das pessoas sub-atendidas acreditam que sua necessidade de crédito vá aumentar nos próximos três a cinco anos.

Não querer contrair dívidas foi citado por 47% das pessoas não atendidas e 37% das sub-atendidas como a razão pela qual não assumiram mais crédito, ou qualquer crédito no caso das não atendidas. A preocupação em perder o controle das finanças também foi uma razão dada por 31% de consumidores sub-atendidos para não assumirem mais crédito.

A maioria das pessoas está procurando obter mais acesso ao crédito para suas necessidades financeiras

Estes dados sugerem que a maioria das pessoas está procurando obter mais acesso ao crédito para suas necessidades financeiras. Mas globalmente, o desejo de evitar dívidas foi a razão mais comumente citada para não querer mais crédito, com exceção do Canadá.

Em todo o mundo, os mais de 11 mil entrevistados no levantamento planejam solicitar crédito em 2022, em diferentes graus. No Brasil, 41% das pessoas entrevistadas não atendidas – aquelas sem nenhum produto de crédito – planejam solicitar empréstimo, em comparação com 39% das pessoas sub-atendidas. A porcentagem desses grupos indica que existe uma real necessidade e interesse em produtos financeiros.

Encontrar maneiras de atender às necessidades e desejos desse segmento, e gerenciar o risco com prudência, representa uma oportunidade significativa de crescimento para as empresas que concedem crédito, seja através de empréstimos, financiamentos ou cartões.

Leia Mais: A Serasa é do bem

Busca por melhores ofertas e experiências

Os resultados da pesquisa também indicaram que 33% de consumidores sub-atendidos no Brasil expandiriam seu uso de crédito se recebessem melhores ofertas e 20% se houvesse opções com parcelas mensais menores.

As altas taxas de juros foram a razão mais comum tanto para não atendidos quanto para sub-atendidos rejeitarem as ofertas de crédito, com um terço de cada grupo preocupado com o custo do crédito. Este foi um tema comum observado em todo o mundo, de residentes da Colômbia, das Filipinas e dos Estados Unidos.

Na República Dominicana, tanto entrevistados não atendidos como sub-atendidos indicaram que a principal razão para rejeitar uma oferta de crédito era não precisar mais de crédito, o que também era verdade para residentes não atendidos no Canadá.

Leia Mais: Estudo aponta os principais problemas dos consumidores no acesso ao crédito

Porque consumidores recusam crédito oferecido

A experiência do cliente também desempenhou um papel importante para a decisão de aceitar ou negar uma oferta de crédito. O longo processo de aprovação foi citado como fator para recusar uma oferta de crédito para 14% dos não atendidos e 10% dos sub-atendidos no Brasil. Além disso, um em cada dez consumidores sub-atendidos disseram que rejeitaram as ofertas de crédito porque receberam oferta melhor em outro lugar.

“Pessoas não atendidas ou sub-atendidas no Brasil e ao redor do mundo reconhecem e entendem os riscos de se tornarem superendividadas”, acrescenta Pasqualin.

“A experiência agradável para o consumidor é importante para os credores
quando se trata de chegar aos não atendidos e sub-atendidos”

“Elas esperam taxas de juros e pagamentos mensais acessíveis, assim como experiências mais fluidas. Processos de aprovação longos ou situações negativas podem levar uma pessoa a recusar ofertas de crédito. Como o custo do crédito influencia a entrada de novas pessoas no ecossistema, é importante que as instituições financeiras desenvolvam e ofereçam produtos que atendam a essas demandas. Além disso, a experiência agradável para o consumidor é importante para os credores quando se trata de chegar aos não atendidos e sub-atendidos. Também deve se levar em conta o processo de identificação deste público e fazer com que a oferta chegue até essas pessoas.”

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Satisfação de crédito

Ao comparar o sentimento das pessoas entrevistadas não atendidas com as sub-atendidas, há uma diferença marcante no nível de satisfação com o volume de crédito atualmente disponível a elas. No Brasil, 53% das pessoas sub-atendidas estavam satisfeitas ou extremamente satisfeitas com seu volume de crédito atual, enquanto 35% das pessoas não atendidas, aquelas sem crédito atualmente, tinham o mesmo nível de satisfação.

Por outro lado, 22% das não atendidas não ficaram nada satisfeitas com seu nível de crédito, e 13% das pessoas sub-atendidas expressaram insatisfação. “A promoção da inclusão financeira começará com uma melhor compreensão das diferentes nuances entre as populações não atendidas, sub-atendidas e servidas de crédito e o que as faz funcionar”, ressalta Juarez Zortea, presidente da TransUnion no Brasil.

Ainda de acordo com a pesquisas, os motivos que levam as pessoas não atendidas e sub-atendidas a solicitar crédito pode variar muito. Os credores devem usam esses conhecimentos para melhor atender às necessidades exclusivas desses segmentos e para educar sobre formas de construir e melhorar seus perfis de crédito. “Ao fazer isso, pode ser desempenhado um papel fundamental para ajudar mais pessoas a se envolverem ativamente no sistema de crédito, impactando positivamente economias do Brasil e do mundo”, conclui Zortea.


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