O programa de fidelidade da Marisa registrou prejuízo de R$ 5,9 milhões no terceiro trimestre deste ano – um prejuízo maior que os R$ 5,5 milhões registrados no terceiro trimestre do ano passado. Não à toa, a varejista está em processo de revisão do programa.
Sem dar muitos detalhes, a Marisa diz que, do jeito que está, o programa tem baixo nível de eficiência. “Acreditamos que a atual configuração do nosso Programa de Fidelidade pode ter afetado negativamente a atratividade dos nossos cartões”, afirmou a varejista em relatório.
O programa sofreu mudanças na política de concessão de pontos – e a marca credita a queda a essa mudança. “Tal mudança, no entanto encontra-se em processo de revisão, assim como toda a estrutura do Programa atualmente utilizado pela Marisa”, disse.
Leia também
Marisa fecha lojas e registra prejuízo no trimestre
No terceiro trimestre, por exemplo, as despesas com o programa subiram 8,1%. “As constatações iniciais indicam que, não obstante o seu elevado custo, nosso programa tem tido baixo nível de eficiência no que concerne a sua capacidade de aumentar a atratividade dos nossos cartões e alavancar nossas vendas”, disse a varejista.
“Os estudos continuam em andamento e deverão resultar em um conjunto de medidas que busquem necessariamente maior efetividade do referido Plano de Incentivos a um custo substancialmente menor”, afirmou a empresa.
Os Serviços Financeiros da varejista, que inclui o cartão private label, serviço de empréstimo pessoal e o cartão co-branded – em parceria com o Itaú -, em linhas gerais, não desempenhou tão bem. A receita cresceu apenas 0,2%.
Leia também
Marisa cria app para clientes
A participação dos Cartões Marisa no total das vendas foi de 41,1%, uma queda de 3,9 pontos porcentuais em relação ao terceiro trimestre do ano passado. “Entendemos que tal variação foi influenciada, em parte, pelo aumento da preferência pelo pagamento em dinheiro e em cartões de débito na base de clientes, tendência tipicamente associada à deterioração econômica”, disse a empresa.
O volume concedido de empréstimo pessoal foi reduzido em 16,9%, resultante de uma combinação da queda de 17,7% no volume de contratos e do aumento de 1,0% no ticket médio. “Tais reduções em volume e em número de contratos concedidos é resultante de um menos fluxo de clientes demandando o produto em nossas lojas e também de políticas de concessão mais restritivas, em função da deterioração do cenário macroeconômico”, comentou a varejista.
Leia também
Marisa interrompe venda direta