Você deve se lembrar do frenesi que a rede social Koo obteve em 18 de novembro de 2022 após um anúncio de que o Twitter iria ser desativado, quando Elon Musk assumiu o comando. Muitos influenciadores migraram para a plataforma indiana que possui como logo um pintinho amarelo e possui um mecanismo parecido do Twitter. Um dos expoentes brasileiros foi Felipe Neto, que hoje é um dos usuários do Brasil da mídia social com mais seguidores.
Algumas marcas também aderiram ao microblog, realizando ações que viralizaram, e mexendo com a experiência do cliente. Serasa e Burguer King são alguns exemplos. “O Koo é mais uma rede social na qual as empresas podem estar para aumentar sua visibilidade de marca, fomentar ações promocionais e engajamento com públicos diversos. Como toda rede social, ela pode assumir uma função dentro de um ecossistema digital, que inclui outras redes sociais, sites e apps, por exemplo”, esclarece Cátia Lassalvia, especialista em marketing digital, coordenadora da pós-graduação Gestão da Comunicação em Mídias Digitais, do Senac SP.
Passado o boom e algumas polêmicas da rede vizinha, como as empresas estão encarando essa novidade em prol ao atendimento ao cliente? É uma boa opção? A especialista em marketing digital alerta para o hype do auge, mas Mayank Bidawatka, cofundador do Koo, esclarece como prepara a plataforma para fortalecer as marcas.
Recursos que o Koo disponibiliza a mais que o Twitter
• Multi-Lingual Kooing (MLK), a ferramenta exclusiva do microblog indiano permite aos usuários traduzirem o seu post para mais de vinte idiomas.
• Verificação gratuita: diferente da estratégia atual do Twitter, o Koo não cobra pela validação do perfil do usuário e ainda fornece dois tipos de verificação: marca verde – que é uma auto-verificação -; e a marca amarela, destinada a personalidades.
• Monetização da plataforma: está no início, mas, segundo Mayank Bidawatka, já há mais de 100 marcas anunciando.
• Programa de fidelidade brasileiro chamado “Koopons”: os usuários ganham esses pontos ao indicar amigos e parentes para a plataforma. Esses vouchers podem ser trocados por ofertas especiais de marcas de todo o país, como Adidas, Casas Bahia, Netshoes e Extra.com. “Lançamos este programa porque somos uma plataforma inclusiva e acreditamos que todos que fazem parte da plataforma devem se beneficiar do crescimento dela – sejam usuários, criadores ou empresas”, revela o cofundador do Koo. De acordo com Cátia Lassalvia, é uma forma de manter os usuários da rede ativo. “Isso é bem bacana em termos de tática de longevidade. Resta ver se dará certo”, comenta a coordenadora de Pós-graduação do Senac SP.
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Como as empresas devem usá-la
No Brasil, o app é uma novidade, o que torna incerto o futuro. “O app do Koo, que já figurou entre os mais baixados na Play Store, atualmente não está nem entre os 150 mais baixados”, analisa a especialista em marketing digital.
O ponto positivo é que a empresa indiana está trabalhando com empenho para as necessidades das marcas. Não existe posts patrocinados, mas o Koo proporciona outras formas de visibilidade. “Para gerar reconhecimento, consideração e conversão para as campanhas publicitárias, as marcas podem usar a plataforma utilizando nossas Promoções de Banner/Vídeo, Aquisição de Aplicativo, Enquetes Patrocinadas e Perfis Impulsionados que aumentam sua exposição na plataforma”, revela Mayank Bidawatka.
Mas, como introduzir a sua empresa nesse microblog? O primeiro ponto é compreender que cada rede social digital apresenta uma característica e modo de usar. “Nesse aspecto, pelo menos inicialmente, a simpática rede social Koo (com seu passarinho amarelo) se posicionou no mercado como uma substituta do Twitter; não como rede social que trouxesse grande inovação. Comparativamente, o TikTok inovou mais e achou sua linguagem e público com maior precisão”, comenta Cátia Lassalvia.
Por isso, de acordo com a coordenadora da pós-graduação Gestão da Comunicação em Mídias Digitais, como marketing de conteúdo, a rede social pode ajudar os consumidores e seguidores das marcas com dicas rápidas no uso de produtos e serviços, depoimentos, escuta ativa de potenciais consumidores, vouchers de desconto e até posts multimídia ou enquetes que divirtam.
“A presença orgânica já acontece na dinâmica da rede e todos os conteúdos curtos, multimídia, divertidos, informativos e curiosos podem dar muito certo. Eles servirão inclusive para testar o que empolga na rede e poderão ser filtros para uma nova camada de segmentação”, instrui a especialista em marketing digital.
Diante disso, as empresas de varejo são as mais favoráveis para aderirem ao Koo como um elemento a mais dentro de um ecossistema digital. “Aí seria interessante testar os vouchers e cupons de desconto e interagir com os usuários, para aprender que tipos de conteúdo e/ou de promoções eles preferem e valorizam. Testar quais linguagens engajam. Neste momento, eu não usaria o Koo como uma rede principal, mas como uma rede adjunta, para testar a comunicação com recortes do meu público ou perceber a aderência a novos produtos e ideias”, recomenda Cátia Lassalvia.
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Política de conteúdo
No passado, várias celebridades foram banidas do Twitter por espalharem notícias falsas, principalmente no auge da pandemia da Covid-19. Segundo Mayank Bidawatka, o Koo é uma plataforma segura e apresenta três filtros para conter usuários e publicações problemáticas. “Os novos recursos são capazes de detectar e bloquear proativamente qualquer forma de nudez ou material de abuso sexual infantil em menos de cinco segundos, rotulando desinformação e ocultando comentários tóxicos e discurso de ódio na plataforma”, aponta o cofundador.
Misinfo & Disinfo Algorithm
Verifica todas as fontes de notícias falsas virais para detectar e rotular desinformação em uma postagem, minimizando a propagação de desinformação viral na plataforma.
MisRep Algorithm
Busca perfis que usam o conteúdo, fotos, vídeos ou descrições de personalidades conhecidas para detectar perfis falsos e bloqueá-los. Ao serem detectadas, as fotos e os vídeos de personalidades conhecidas são imediatamente removidos e essas contas são sinalizadas para monitoramento de mau comportamento no futuro.
Recurso de autoverificação voluntária
A ferramenta contribui para reduzir o anonimato e a presença de criadores incômodos.
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