Desvendar a jornada de compra dos consumidores em tempos de hiperconexão parece ser um dos novos fascínios da contemporaneidade. Mesmo levantando bandeira para o conhecimento do cliente em sua essência, buscando mostrar que é preciso de fato entender valores para além de decisões pragmáticas, sempre sou desafiada a desenhar, rascunhar, mostrar qual a origem, o processo de decisão.
Oras, se estamos bombardeados com algoritmos que praticamente funcionam como um quarto elemento para além da alma, corpo, espírito, como simplesmente apontar o caminho se estamos de frente para sucessivas encruzilhadas com quatro possibilidades – no mínimo – que se mostram à nossa frente?
Exato. Não há fórmula. E buscar padrões de comportamento é de fato o nosso desafio, não a jornada. Essas lógicas de pensamento são o componente que vai determinar as escolhas, que são influenciadas pelo contexto, pela momento de vida, pela situação em que cada pessoa está vivenciando.
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Hierarquias de valores são culturalmente construídas e, se você precisa entender melhor o seu consumidor, busque compreender essa racionalidade econômica de dentro e de perto. O que eles dizem na pesquisa do instituto nem sempre é o que de fato fazem, precisamos ir mais fundo numa outra camada de compreensão. Daí, entra a artesania intelectual, pensar sobre os novos tempos, as pessoas inseridas nesses diversos contextos e mais: como se comportam.
Sempre defendo que mais do que saber o que o consumidor compra (porque isso os dados duros já nos mostram), é preciso mapear a jornada de consumo, ou seja, as usabilidades. Mais do que prestar atenção na decisão, é saber compreender quais serão os usos que as pessoas farão daquele produto e serviço, bem como entender emoções e sensações que as experiências proporcionaram.
Na era que o tempo e as relações viraram moedas, como simplesmente se satisfazer com perguntas rasas?
Caro leitor, estamos na fase em que não se pergunta, se observa, o tempo todo, tudo, a toda hora. A conexão 24/7 nos condiciona a estarmos ligados a uma constante fonte de informação. Use a consciência do seu lugar na vida, no mundo, no dia a dia, para colecionar informações e exercite transformá-las em conhecimento.