Varejistas, fabricantes de alimentos, bebidas e bens de consumo têm nas estratégias digitais e na análise de dados as prioridades máximas para o negócio, segundo estudo exclusivo da KPMG, que entrevistou 469 executivos de alto nível ao redor do mundo.
As estratégias digitais e de omnicanal estão no topo da lista de 54% dos executivos, ao passo que a análise de dados é prioridade para 56% deles. Considerando os varejistas de comida e bebida, o percentual daqueles que consideram a análise de dados importante para os negócios é ainda maior, de 64%. Entre os demais varejistas, o percentual é de 60%.
As conformidades regulatórias aparecem como estratégias importantes para os próximos 12 meses para 54% dos entrevistados, seguidas dos Recursos Humanos (52%).
Segundo o sócio da KPMG no Brasil e líder para os mercados de consumo, Carlos Pires, as demandas cada vez maiores dos consumidores por experiências digitais têm feito com que as empresas de consumo encontrem maneiras de suprir estas necessidades.
Apesar disso, 32% dos entrevistados revelaram que se consideram com nenhuma ou pouca aptidão para fazer frente a essas demandas. A segurança dos dados pode ter uma influência nessa percepção, uma vez que 47% dos executivos mencionaram o item como sendo importante para a empresa.
?A rápida proliferação das mídias sociais e digitais tem dado poderes nunca antes vistos aos consumidores, fazendo com que a indústria de varejo tenha de se manter à disposição a qualquer hora, em qualquer lugar e da maneira que o cliente escolher fazer a compras?, disse Pires em nota.
?Estamos em um divisor de águas estratégico, especialmente no varejo, onde temos aprendido que mecanismos de multicanal e ominicanal realmente funcionam?, afirmou no estudo o diretor do The Consumer Goods Forum, Peter Freedman. ?Existem tantas variedades e experimentações acontecendo agora, porque todos sabem que precisam captar isso corretamente?, disse.
O estudo mostra que 65% das companhias esperam que suas estratégias de consumo que exploram as principais tendências ajudem no crescimento da empresa para os próximos dois anos.
Há ainda outras prioridades citadas pelos executivos: supply chain aparece com 47% das menções, crescimento e expansão internacional foram citadas por 46%, bem como consumo de saúde. A mitigação de riscos e responsabilidade social foram citadas por 45% e 40% dos executivos, respectivamente, como estratégias importantes.
Economia
No edição de 2013 da pesquisa, a KPMG analisou quais eram as principais prioridades da cadeia e para mais de 40% deles economia e demandas de consumo são as principais.
Entre as preocupações estão na lista: a possibilidade de quebra da União Europeia, incertezas sobtre a economia norte-americana, o aumento da probabilidade de desaceleração do Brasil e da China e mudanças das políticas monetárias do Federal Reserve.
Imagem: Shutterstock
Leia mais