Para descobrir como é a relação dos consumidores com seus smartphones, a Motorola desenvolveu uma pesquisa on-line que revelou que 41,52% dos entrevistados são dependentes de seus telefones, pois utilizam o aparelho desde a hora que acordam até o momento que vão dormir, além de não ser raro se pegarem olhando para a tela só pelo fato de ela estar lá. Mais preocupante são os telefanáticos (1,47%) que nunca ficam sem telefone e se sentem vulneráveis e estressados sem ele. Em contrapartida, 32% dos pesquisados se enquadraram em um perfil teleconsciente, ou seja, alcançaram um estado de equilíbrio do uso do smartphone. Mas somente 5,56% se enquadraram no perfil telesapien, que usa o telefone apenas para o básico, como checar o horário e fazer ligações.
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Os cinco perfis estabelecidos na pesquisa e suas porcentagens de usuários são:
– Telesapien (5,56%): aquele que usa o telefone apenas para o básico, como ver a hora e fazer ligações. Não gosta de enviar mensagens de texto, porque acha muito demorado digitar e não publica nada em suas redes sociais. No dia a dia, o “não perturbe” é seu modus operandi. Um pouco de mobilidade poderia tornar seu dia mais produtivo.
– Teleconsciente (32,47%): alcançou um estado de equilíbrio no uso do smartphone. Vive a vida com o telefone, mas não dentro dele. Usa o dispositivo para economizar tempo e energia, que pode investir em coisas mais importantes. Estabelece horas para usar o telefone e também para curtir seu tempo livre.
– Teléfilo (18,98%): a pessoa que não resiste ao seu smartphone. Usa em momentos de descanso, só porque ele está ali, disponível. Sente ansiedade quando o telefone acusa menos de 10% de bateria. Sempre acha que está fazendo muitas tarefas com o celular, mas, na verdade, está com muitas distrações. Com frequência, pega o telefone para ver a hora ou a previsão do tempo e acaba se perdendo em outras tarefas.
– Telefanático (1,47%): nunca fica sem usar o smartphone. É a primeira coisa que faz pela manhã, a última que faz à noite, e em qualquer momento no meio do dia. Com frequência, se pega olhando para ele sem saber o porquê. Ficar separado do telefone, mesmo que por alguns instantes, faz com que se sinta vulnerável e estressado. A relação com o celular atrapalha o relacionamento com os amigos e familiares, pois prefere enviar mensagens de texto a falar pessoalmente com alguém, e sente necessidade de responder às mensagens imediatamente, não importa quem, ou o quê, tenha de interromper para fazê-lo.
– Teledependente (41,52%): nunca deixa de utilizar seu telefone, uma realidade bastante negativa em vários sentidos. Fica no celular de manhã, antes de dormir e sempre que pode. Usa no tempo livre e se pega olhando para o aparelho só pelo fato de ele estar lá. Separar-se do telefone, mesmo por apenas alguns minutos, o faz sentir-se vulnerável e estressado. O estudo descobriu que 65% dos entrevistados admitem sentir pânico ao pensar que perderam o smartphone e 29% concordam que, quando não estão o usando, estão pensando em usar o celular na próxima vez em que estiverem com ele.
Em outros países da América Latina, o número de teledependentes também alcançou a maior porcentagem dos pesquisados. No México, o total foi de 40,79%, na Colômbia, 38,54%; no Chile, 37,88%; e, no Peru, 41,17% dos usuários que responderam ao quiz. Já na Argentina, a maior porcentagem foi de teleconsciente, com 37,9%.
Estudo
Do total dos participantes, 63% eram do sexo masculino e 70% da faixa etária de 10 a 29 anos; 77,54% utilizaram o celular para responder à pesquisa. No estudo, 27,7% disseram que mantêm o smartphone ao seu alcance durante 24 horas; 36,8% deixam o celular virado com a tela para cima na mesa durante o jantar; 30,2% responderam que, ao usar o banheiro, é 100% provável que levem o aparelho; 76% checam o dispositivo antes de sair da cama; 44,77% responderam que é provável que olhem o celular quando seus amigos o fazem; e 41% ignoram quando chega uma mensagem, se estão conversando com alguém.
O estudo, publicado pela empresa independente Ipsos, foi feito em parceria com Nancy Etcoff, especialista renomada em Comportamento Mente-Cérebro e na Ciência da Felicidade, pela Universidade de Harvard, e psicóloga do Departamento de Psiquiatria do Hospital-Geral de Massachusetts.