Muitas pessoas possuem peças de roupa que não usam muito por não gostarem de repetir, ou por qualquer outro motivo. Uma plataforma quer ajudar essas pessoas a ganharem dinheiro com suas roupas. O LOC é um aplicativo que facilita o aluguel de roupas de pessoa para pessoa.
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A ideia de Lara Tironi surgiu durante uma conversa sobre empreendedorismo. O projeto começou em 2016. Hoje, já são sete mil usuários cadastrados, a meta é alcançar 14 mil ainda em 2018. A plataforma funciona por proximidade, e tem peças catalogadas em Salvador e São Paulo. Existem roupas femininas, mas as roupas femininas dominam o LOC. Além disso, toda a comunicação da marca é voltada para as mulheres.
Compartilhamento de peças
Dentro do aplicativo, existem duas possibilidades: colocar suas peças para alugar ou alugar peças de outras pessoas. Qualquer um pode fazer as duas coisas. Para cadastrar uma blusa ou sapato na plataforma, por exemplo, é necessário um cadastro, descrição do produto, fotos, valor original e valor do aluguel.
Os alugueis têm duração mínima de uma semana, mas quem solicita pode escolher ficar com a roupa por mais tempo. A sugestão do LOC é que o preço semanal do aluguel corresponda a 10% do valor original da peça.
Aluguel
Para alugar peças, os usuários precisam estar a menos de 50km das donas. Depois de pesquisar, basta solicitar o aluguel, informando por quanto tempo pretende ficar com a roupa. Após a aprovação da dona, o valor é cobrado do cartão de crédito.
As usuárias que buscam roupas para usar temporariamente têm responsabilidade pelo que alugam. Caso aconteça algum dano na peça, elas pagarão. Além disso, para ter os produtos, elas precisam buscar na casa de quem aluga, ou em qualquer ponto de encontro. O LOC também disponibiliza uma equipe para realizar o frete, caso a pessoa deseje.
Segurança
O pagamento é feito apenas com cartão de crédito. O objetivo é evitar fraudes e que os usuários que colocaram suas roupas para alugar sejam lesados. As pessoas que alugam as peças podem danificá-las ou até nunca devolver (o que Lara garantiu que nunca aconteceu), nesses casos, o valor integral da peça é cobrado de quem alugou. Se o dano não for irreparável, o valor cobrado corresponde ao gasto com o conserto.
A orientação de Lara é não cadastrar peças que possuem valor sentimental, como um vestido ou acessório que seja especial de alguma forma as usuárias.
Sustentabilidade
A maior vantagem de usar o LOC é, sem dúvidas, a economia. Mas Lara garante que participar da comunidade vai além disso. “A indústria da moda é extremamente poluente, e se ninguém fizer nada para mudar, a gente não vai ter um planeta sustentável. Para que você vai ter uma peça que você vai utilizar só duas vezes?”, questiona a empresária.