Diversos clichês colocam o brasileiro como um dos povos mais preocupados com a limpeza do mundo. Hábitos como escovar os dentes após o almoço e tomar mais de um banho por dia, inclusive, geram estranheza entre estrangeiros. E isso não fica restrito somente à higiene pessoal. Um estudo mostra que o brasileiro também leva mais tempo arrumando a própria casa.
O levantamento realizado pela multinacional Kärcher evidenciou que o brasileiro gasta 4 horas e 5 minutos por semana para limpar a residência: o índice mais alto dos países analisados. França (3h26), Polônia (3h25), Estados Unidos (3h20), Alemanha (3h17) e China (2h28) vem logo atrás.
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O mesmo estudo mostra que as mulheres gastam mais tempo na limpeza (3h56) do que os homens (2h43) no Brasil. Ao mesmo tempo, o gênero feminino continua sendo o grande responsável pelo afazer doméstico: 63% das mulheres afirmam ser as maiores responsáveis pela limpeza da casa.
A diferença entre os gêneros, aliás, também é evidenciada no descompasso das respostas dos entrevistados. Enquanto 66% dos homens afirmam que ajudam na limpeza lavando banheiro, por exemplo, apenas 28% das mulheres confirmam que isso acontece em sua casa. O mesmo acontece com outros afazeres, como limpeza da cozinha (68% dos homens afirmam limpar, enquanto 28% das mulheres afirmam que isso ocorre), e lavar a louça (74% a 50%).
Ineficiência doméstica
O estudo feito pela Kärcher também quis saber quais os tipos de produtos que as pessoas utilizam para limpar a casa. Cerca de 85% disse que usa produtos de limpeza em geral, enquanto 32% é adepto de produtos caseiros, como vinagre e limão.
Um ponto importante para a Kärcher foi a utilização de maquinário de limpeza, como aspiradores e limpadores a vapor. De acordo com o levantamento, 49% das pessoas possuem algum tipo de aparelho elétrico em casa.
“Isso mostra que as pessoas ainda não vão atrás de aparelhos que podem facilitar a vida delas, o que acaba contribuindo para aumentar o tempo de limpeza”, diz Cristina Gaspar, head de produtos da Kärcher para a América do Sul.
Outro fator a ser destacado, segundo Cristina, é que um a cada cinco brasileiros contratam pessoas para limpar as casas. Como eles acabam não botando a “mão na massa”, há menos preocupação em comprar produtos para facilitar a vida dos profissionais da limpeza, como diaristas, faxineiras e empregadas domésticas.