O ano de 2020 ressignificou o que conhecemos como período de transição. Antes desse ano, falar sobre transformação digital era regra entre empresas que buscavam estar preparadas para o futuro. Contudo, em poucas semanas, o futuro se projetou sobre os olhos dos tomadores de decisão: já não havia tempo para transformar, pois o digital precisava ser agora; ao mesmo tempo, as mudanças foram tantas, que a transformação se tornou uma constante.
Dentro desse contexto, a tecnologia ganhou valor supremo. Fora dela, não há caminho para as organizações. E o mesmo vale para suas lideranças. “O nosso estudo Technology Vision, de uma década atrás, previa que todo negócio viraria um negócio digital. Já o Tech Vision de hoje prevê que toda empresa será uma empresa de Tecnologia”, detalha Paulo Ossamu, líder de Tecnologia da Accenture na América Latina.
Esse desafio prevê que os líderes saibam atuar em um contexto de extrema volatilidade, incerteza e transformação, constantes no cenário de hoje. É preciso que sejam, como define a Accenture, Masters da Mudança. “Um dos grandes desafios para os executivos hoje é conseguir se manter atualizados nos temas de tecnologia e, principalmente, definir como aproveitar esses avanços para trazer mais inovação para as empresas”, complementa o executivo.
A Accenture reforça que a construção do Master da Mudança começa com a arquitetura do futuro e o reconhecimento de que estratégias de negócio e tecnologia são cada vez mais inseparáveis.
Ao mesmo tempo, a Accenture reforça que as empresas precisam assegurar que o empoderamento de pessoas para que elas se tornem impulsionadores da mudança. Esse é um resultado possível de ser alcançado a partir da democratização da tecnologia – que torna acessíveis poderosas capacidades tecnológicas sem a necessidade de perfis especializados.
Viabilização
Dessa forma, a empresa que acredita que é possível que as organizações se tornem de fato inovadoras ao munir todo funcionário com as ferramentas e competências para implantar soluções tecnológicas sempre que necessário. Por fim, a Accenture destaca a necessidade de reconstruir parcerias com o foco em tecnologia.
“Além da curiosidade e estudo contínuo, é imprescindível que as empresas estejam abertas para trabalharem num ecossistema de colaboração com empresas que tem e investem em conhecimentos e soluções que irão acelerar essa aprendizagem e os resultados”, sustenta Ossamu.
No entanto, ele destaca que não basta ter vontade ou abertura para trabalhar com parceiros de tecnologia, pois serão necessárias também mudanças culturais para aceitar formas de trabalho e de cooperação diferentes dos tradicionais, bem como atualizações de arquiteturas técnicas e sistemas legados para viabilizar essas colaborações de forma plena.
“Uma forma de viabilizar esse caminho é por meio da adoção da nuvem, pois além de reduzir custos e trazer maior segurança, acarreta em maior flexibilidade, agilidade e promove uma revisão de como utilizar a tecnologia de forma mais efetiva”, afirma.
Domínio da tecnologia no Brasil
Segundo o executivo, o Brasil possui uma forte capacidade de formação técnica e profissionais de tecnologia muito competentes. “Um dos grandes desafios que temos é a fuga desses profissionais para outros países”, complementa. “Já vemos uma forte aceleração de projetos ao redor de tecnologia e inovação nas empresas e devemos aproveitar esse momento de recuperação econômica para revisar as estratégias de negócio e, principalmente, alinhar com as estratégias de tecnologia”.
Ele destaca também que o momento é muito oportuno para avançar e renovar os sistemas legados – seja em sua migração para a nuvem, seja em um desacoplamento inteligente que permita ganhar velocidade e eficiência nesse momento pós-Covid.
Ao mesmo tempo, Ossamu reforça a necessidade de as empresas investirem em cibersegurança – peça fundamental para que a organização se avalie e se prepare. “Com a tendência de estarmos cada vez mais conectados, colaborativos e digitais, os ataques cibernéticos vão aumentar”, explica. Ainda que não diretamente ligado à tecnologia, outro ponto de destaque para o futuro, segundo o executivo, é a Sustentabilidade: “esse tema está cada vez mais presente na agenda de todos os executivos e, certamente, devemos estar atentos na redefinição de nossas estratégias de negócio e de tecnologia quanto ao tema”, diz.
5 tendências em tecnologia para 2021
O estudo destaca ainda cinco tendências que merecem a atenção das organizações
1. Fundamento com estratégia
A arquitetura de um futuro melhor
Uma nova era de concorrência setorial está nascendo – uma em que as companhias competem conforme sua arquitetura
2. Mundo espelhado
O poder dos digital twins gigantes e inteligentes
Os crescentes investimentos em dados, IA e digital twins têm dado origem a uma nova geração de negócios e inteligência: o mundo espelhado
3. Eu, tecnólogo
A democratização da tecnologia
Processos de linguagem natural, plataformas low-code, automação robótica de processos (RPA) e outros democratizam a tecnologia por toda a força de trabalho
4. De qualquer lugar, em toda parte
Como valorizar o trabalho remoto
Líderes aproveitarão as novas habilidades para redefinir segurança, cultura corporativa, meritocracia e o propósito dos escritórios
5. De mim, para nós
Uma trilha de sistemas multidisciplinares no meio do caos
A disrupção global da COVID-19 deu início a uma corrida das empresas para redesenhar suas parcerias – e sistemas multidisciplinares ganharam nova atenção
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