Você sente medo quando sai pelas ruas? Entre os dias 21 de abril e 5 de maio, a Ipsos se dedicou a avaliar a forma como as pessoas veem a segurança em 25 países – de Suécia ao Brasil. A partir do estudo, a empresa chegou a uma descoberta nada animadora: o mundo se tornou mais perigoso no último ano para 86% dos entrevistados. A realidade dos brasileiros – que, sabemos, não é fácil – se refletiu nessa pesquisa. O resultado da percepção dos brasileiros não é muito surpreendente: o país é o líder da lista, com 95% – um aumento de 14 pontos percentuais comparado à última edição do estudo.
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Os motivos que explicam a posição brasileira é o reflexo na vida cotidiana das pessoas e o noticiário internacional de atentados. “Os brasileiros estão ainda mais influenciados pela escalada da violência e da degradação social”, explica Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs. “O crescente número de linchamentos pelas redes sociais e na vida real e a falta de confiança nas leis e nas instituições são fatores que também podem influenciar essa percepção. Além disso, creio que há um pouco de influência dos ataques terroristas ocorridos em outros países. A escalada do medo me parece global”.
Logo após o Brasil, está a Coréia do Sul – com um acréscimo de 10 pontos percentuais – totalizando 94%. Empatados na terceira colocação com 92% estão México e Sérvia. Os alemães e australianos também apresentaram um aumento significativo de oitos pontos percentuais relação ao último ano, ocupando a quinta e sexta colocação, com 90% e 89%, respectivamente.
Visão positiva
Por outro lado, nas últimas posições do ranking estão China (70%), Suécia (78%) e Rússia (78%). O índice russo – país que vai sediar a Copa no ano que vem – foi o que teve maior queda em relação ao ano anterior, com sete pontos percentuais a menos.
A maioria dos entrevistados (81%) colocou o Canadá no topo da lista de países e organizações que têm influência positiva nos assuntos mundiais de hoje. Depois dele, vieram a Austrália (79%) e Alemanha (67%). Apenas na quarta colocação aparecem as Nações Unidas (64%), organismo criado para promover a cooperação internacional. Embora o índice de influência positiva do Canadá permaneça o mesmo desde 2016, todos os outros países e organizações citadas sofreram um declínio, principalmente os Estados Unidos (40%, – 24 pontos.), França (59%, -12 pontos.), Rússia (35%, -11 pontos.) e Nações Unidas (64%, – 9 pontos).