Sempre que se lança um novo iPhone surge a pergunta: vale a pena? Vamos destrinchar as funcionalidades do novo modelo e compará-lo aos últimos modelos: 7, 8 e X. O iPhone 11 Pro é o primeiro telefone celular a possuir uma câmera com três lentes dedicadas. É também o primeiro da Apple que pode ficar submerso por até 2 metros de profundidade na água por 30 segundos.
Hardware: hiperpotente
No hardware, a gigante de tecnologia promete o chipset mais potente em um smartphone até hoje. Também é o primeiro com reconhecimento espacial – basta apontar um iPhone para o outro e o AirDrop mostrará como o primeiro telefone da lista. Tudo isso se deve ao novo chip U1 criado pela Apple com tecnologia de banda ultralarga. E essa parece ser a melhor parte do novo iPhone, que trará consigo o iOS 13. Quanto ao sistema operacional, a empresa garantiu ser “uma nova forma de viver”.
O processador é um A13 Bionic de terceira geração – continuação da mesma linha de processadores da Apple que entregam um ótimo desempenho desde o começo dos iPhones.
Sistema de som: comparável a outros smartphones
Os iPhones trazem ainda um novo sistema de som que conta com Dolby Atmos e áudio espacial. Tecnicamente o som surround se moverá ao redor do ambiente. De qualquer forma, essa não é uma grande funcionalidade comparada a outros dispositivos de outras marcas. A Samsung, por exemplo, oferece tecnologia semelhante no novo Note 10 e 10+ – o som dos dispositivos pode ser equiparado. O que resta descobrir em um teste físico é a potência no fone de ouvido, pois o software muda a qualidade de escuta.
A novidade mais excitante em termos musicais é o compartilhamento de som entre AirPods, dois pares podem ouvir a mesma música através de apenas um iPhone. O compartilhamento também será possível com fones da marca Beats.
Chip e banda de internet
Apesar do 5G já estar batendo na porta, os novos iPhones ainda são 4G LTE. Dessa vez, como diz a própria Apple, “Advanced”. Agora ele suporta até 30 bandas LTE para melhorar o roaming internacional. Não faz muita diferença, já que diversos dispositivos concorrentes entregam o mesmo e no uso diário isso não afeta a velocidade, nem entrega um desempenho de banda tão potente que justifique o preço.
O ponto positivo nesse tópico é a possibilidade de duas linhas em um só iPhone. Agora os iPhones terão um chip físico e a opção de um eChip virtual, que suportará outra linha telefônica.
Câmera: fotos cheias de detalhes
Esse parece ser o principal ponto forte dos novos iPhones. O 11 não se distancia tanto dos modelos anteriores, apenas com um design diferente, ele traz features semelhantes ao 7 Plus, 8 e X/XR: câmera dupla. A diferença aqui é que uma delas é grande angular e, agora, o software traz o modo noite, que reduz ruídos em fotos mais escuras. Nos modelos 11 Pro e Pro Max, os iPhones terão três câmeras, uma delas é ultra-angular, outra grande angular e uma teleobjetiva – essa, por sua vez, promete mostrar detalhes de fotos à distância com zoom. Como por exemplo shows em estádios e espetáculos.
Caso estivéssemos falando apenas do iPhone 11, o desempenho fotográfico entregue seria semelhante aos dispositivos anteriores, mas com algumas melhorias na lente, que agora é uma TrueDepth de 12MP. De qualquer forma, o Pro e Pro Max trazem um conjunto de câmeras ainda não vistas no mundo móvel. Ponto para a Apple.
Bateria
O iPhone 11 promete uma hora a mais de bateria em comparação com o XR, enquanto o Pro promete quatro horas a mais em relação ao XS e, o Pro Max, cinco horas a mais em relação ao XS Max. O 11 pode reproduzir até 17 horas de vídeo com fones de ouvido sem fio, o Pro 18 horas e o Pro Max, 20 horas. A estrutura continua a tradicional: interna feita de ion de lítio. De qualquer forma, alguns smartphones “gamers” como o último da ASUS, entregam um desempenho de bateria semelhante ou melhor dos novos iPhones. Definitivamente não é um highlight.
Tela
A nova tela segue os padrões de qualidade dos últimos iPhones: Super Retina XDR com OLED sem bordas. O 11 possui 6,1 polegadas, o Pro 5,8 e o Pro Max 6,5 Pro e Pro Max são HDR e os três possuem Dolby Vision para a reprodução de vídeos com uma resolução máxima de 1792 x 828 para o 11 e 2688 x 1242 para o 11 Pro Max. Outro ponto para a Apple. As telas desenvolvidas exclusivamente pela empresa são únicas no mercado e a evolução parece ser coerente em relação aos últimos modelos. Concorrentes possuem telas que chegam perto, como o S10, da Samsung, que também é sem bordas.
Conclusão final
E será que vale a pena comprar o iPhone 11? Se sua prioridade for a câmera e dar um upgrade, caso seja um ávido usuário Apple e dos aplicativos nativos: com certeza! Os outros features não são tão relevantes, a não ser pelo novo processador que, para quem procura velocidade, é outro motivo extremamente relevante. Quanto à ser a prova d’água, outros celulares podem entregar um nível de segurança maior.
Um ponto a se considerar na compra de um iPhone é a segurança. Até agora é o celular com maior dificuldade de invasão. A companhia paga prêmios constantes em concursos para quem encontrar falhas e as corrige em tempo recorde. Sem falar de seu sistema fechado e apps nativos que excluem a necessidade de downloads e transformam seu aparelho em um gadget ainda mais seguro.
O iOS 13 deve ser a maior novidade, pois como em todos os dispositivos da Apple, o software é o que faz a real diferença. Ele trará consigo o Apple TV+, novo serviço de streaming de vídeo da marca, por exemplo.
Ponto negativo para a integração
A Apple ainda não entendeu que nem todos possuem iPhones. Para se ter ideia, o AirDrop limita-se apenas à dispositivos Apple. Desta maneira o compartilhamento de arquivos é pouco funcional. Sem falar de outras funcionalidades que não fazem parte do ecossistema Google que, hoje, é presente na vida de todos que têm uma conta no YouTube ou Gmail.
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