A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu o nível mais baixo desde o início da série histórica, em 2010. Em novembro, o índice registrou 76,4 pontos numa escala de 0 a 200. É a décima queda consecutiva, com recuo de 36,6% ante o mesmo período do ano passado.
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De acordo com a CNC, as retrações seguidas da ICF são resultado da deterioração, no último ano, de fatores determinantes, como aceleração da inflação, enfraquecimento da atividade econômica, com reflexo crescente no mercado de trabalho, e aumento da incerteza política. Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia, a previsão da CNC é que o volume de vendas do varejo apresente retração de 4% em 2015.
Consumo mais baixo do que em 2014
O componente que mede o nível de consumo atual registrou queda de 45,2% em comparação com novembro de 2014. A maior parte das famílias (58,6%) declararam estar com o nível de consumo menor que o do ano anterior.
Momento desfavorável para bens duráveis
O item que mede a intenção de compra de bens duráveis despencou 52,4% em relação ao mesmo período de 2014, alcançando o nível mais baixo de toda a ICF (48,4 pontos). O percentual de famílias que consideram o momento atual desfavorável para aquisição de bens duráveis alcançou 72,6%.
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Cenário negativo para os próximos seis meses
O único item da ICF que se mantém acima da zona de indiferença, de 100 pontos, é o que mede a satisfação com o emprego atual, com 104,6 pontos. Mesmo assim, o componente vem registrando queda há mais de um ano, desde outubro de 2014. O item apresentou recuo de 21% na comparação anual. A maior parte das famílias (48,1%) consideram negativo o cenário para os próximos seis meses. O componente que mede a perspectiva profissional registrou 96,5 pontos ? queda de 19,9% na variação anual.
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