A intenção de consumo das famílias registrou queda de 34,5% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo pesquisa divulgada hoje (22) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Este é o oitavo recuo seguido do indicador.
Em relação a agosto, o recuo foi de 2,4%. A intenção de consumo chegou a 79,8 pontos, portanto abaixo dos 100 pontos – o que indica percepção de insatisfação dos brasileiros.
Ou seja, os brasileiros se encontrarm na zona negativa do consumo. E o que isso significa para o varejo? Maior dificuldade para vender, já que os consumidores estão com bolso mais apertado e desconfiados.
Considerando os componentes do Índice de Consumo das Famílias, aquele que mede a percepção dos brasileiros com relação ao nível de consumo atual é um dos mais baixos, com 59,9 pontos, uma queda de 41% na comparação com setembro do ano passado.
A maior parte das famílias (55,8%) declararam estar com o nível de consumo menor que o do ano passado.
O quesito que mede a intenção de compra de bens duráveis é o que registra o menor nível, com 52,5 pontos, com recuo de 51,8% ante o mesmo período de 2014. Segundo a CNC, o elevado custo do crédito e o alto nível de endividamento permanecem como os principais motivadores do enfraquecimento na intenção de compras a prazo.
O componente que apura a satisfação com o emprego atual registrou queda de 18,8% na comparação anual. O percentual das famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego vem diminuindo a cada mês e está em 31,9%.
Com todo esse cenário, a CNC revisou para baixo as expectativas de vendas no varejo para este ano: espera-se queda de 2,9%.
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