A intenção de consumo das famílias caiu 10,2% em maio, em relação a abril. Na comparação com maio de 2014 a queda foi de 20,8%.
Os números são do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apurado todos os meses pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com o levantamento, o indicador atingiu 89,9 pontos, o pior nível histórico desde janeiro de 2010. Lembrando que o índice varia de zero a 200 pontos e abaixo de cem pontos significa insatisfação, e acima, satisfação em relação às condições de consumo.
O cenário ruim para o consumo é evidenciado pela poupança, segundo a Federação, que apresentou os piores índices da história. Os saques superaram os depósitos em R$ 5,8 bilhões, e isso significa que as famílias recorreram a ela para uma ajuda no orçamento.
Pela primeira vez, as duas classes analisadas pelo ICF ficam abaixo dos cem pontos. O indicador das famílias com renda superior a dez salários mínimos (que já estava na área de insatisfação) recuou 12,1% e marcou 79,5 pontos. Já o índice das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos pela primeira vez atingiu menos de cem pontos (93,5) e registrou queda de 9,5% em maio.
A instituição acredita que a tendência do indicador ainda é negativa para os próximos meses, por causa da inflação alta e a redução no crédito e nos níveis de emprego, assim, os consumidores ficam mais cautelosos.
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